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Enviada em: 03/09/2017

Sabe-se que uma sociedade capaz de adotar transportes alternativos aos veículos movidos à combustão, consegue não só garantir uma melhora na mobilidade urbana, como também uma diminuição na emissão de compostos orgânicos à atmosfera. No entanto, apesar dos benefícios mencionados, países como o Brasil sofrem dificuldades na adoção desses sistemas de transporte, devido a aspectos sociais e estruturais.       Em primeiro lugar, é importante evidenciar os motivos de âmbito estrutural que comprometem a adoção de veículos biossustentáveis como transporte no cotidiano. Segundo dados do IBGE, a maior parte das cidades brasileiras não apresentam ciclovias em suas avenidas. Nesse sentido, o uso de bicicletas como transporte primário torna-se limitado aos acostamentos rodoviários, criando uma situação de insegurança para o ciclista, visto que os atropelamentos tornam-se mais suscetíveis.             Além disso, cabe também destacar os fatores que corroboram para a rejeição social do uso de transportes biologicamente sustentáveis, como os de uso coletivo. Dentre eles, a falta de condicionamento estrutural físico destes veículos, que em condições de superlotação obrigam os passageiros a permanecerem em pé durante o trajeto, e a imprecisão horária, que fazem os indivíduos aguardarem por inúmeras horas a chegada do transporte. Dessa forma, as pessoas passam a recorrer aos veículos privados, que propiciam um maior conforto, ocasionando uma superlotação nas vias urbanas.       Fica claro, portanto, que a mobilidade urbana sustentável é comprometida não só pela falta de condições estruturais, como também pela sua repulsividade social ao tecido urbano. Nesse contexto, medidas são necessárias para contornar esta problemática. Os governadores estaduais, juntamente com prefeitos e engenheiros, devem planejar economicamente a inserção de ciclovias nas principais avenidas de todas as cidades que apresentam um fluxo elevado de veículos motorizados. Ademais, cabe às empresas privadas de serviço público de transporte investirem no ampliamento dos ônibus, instalando novos assentos e serviços de refrigeração para garantir maior uma adesão pública. Assim, teremos uma sociedade sustentável, que garante um fluxo equilibrado de veículos.