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Enviada em: 29/09/2017

Com a Revolução Verde, no meio do século XX, e consequente êxodo rural, deu-se início a realidade de superdensidade demográfica, que se acarreta até hoje. Dessa forma, diante da urbanização acelerada, a mobilidade tem sido uma questão recorrente nas grandes capitais, principalmente pelos problemas ambientais que os veículos a base de combustíveis fósseis proporcionam. Nesse sentido, torna-se válido discutir a respeito dos desafios que implicam a modelagem de meios sustentáveis de locomoção.       Inicialmente, há que se analisar, que a escolha do transporte público, em detrimento ao carro particular, é pouco realizada no Brasil devido à qualidade e área limitada das opções. Isso se dá, pelo estado da maior parte dos meios, que tem assentos quebrados, pouco conforto e funcionamento inadequado do ar condicionado. Ademais, a área de abrangência e conectividade de regiões também é um fator limitante, qualificando esses modais como ineficientes ao ideal de locomoverem mais pessoas em um menor espaço, contrariando, dessa maneira, a intenção de beneficiar a relação poluição por cabeça transportada.       Além disso, mesmo com a construção de ciclovias como meio alternativo, é necessária a adaptação dessa realidade com o clima tropical. Tal panorama se dá, uma vez que as intensas e constantes temperaturas impossibilitam o uso de bicicletas, pois, naturalmente, geram suor às pessoas, as quais não têm um lugar para poderem se recompor antes de iniciarem suas tarefas. Esse contexto, entretanto, não condiz com países de climas temperados, como a Dinamarca, em que metade da população faz uso das ciclovias e pode ter êxito na melhora dos prejuízos ambientais.       É inegável, sobretudo, a necessidade de adequação dos transportes de menor impacto ambiental na realidade de cada nação. No Brasil, portanto, é papel das prefeituras atuar mais fortemente na constante manutenção e ampliação dos ônibus, trens e metrôs, para amenizar o desconforto de seus usuários, e reduzir as taxas na integração dos mesmos, sendo esse um fator chamariz para induzir seus usos. As ONGs devem agir como conscientizadoras, promovendo campanhas de incentivo ao uso compartilhado dos carros privados, utilizando os cinco lugares disponíveis dos veículos. Já à Receita Federal, cabe promover desconto fiscal às empresas que se adaptarem com vestiários para os funcionários se arrumar, a fim de encorajar o uso de bicicletas pelos funcionários. Por meio dessas medidas, uma real revolução sustentavelmente verde se iniciará.