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Enviada em: 08/09/2017

Após 1955, com o advento da indústria automobilística e o aumento da urbanização, as rodovias foram priorizadas por todo o território brasileiro. A "cultura do carro", criada nesse contexto, promove no século XXI o caos da mobilidade urbana. Por conseguinte, problemas como a poluição atmosférica - que eclode principalmente pelo uso de combustíveis fósseis - tornam a cidade um ambiente cada vez mais insalubre.   Em primeiro plano, é preciso apontar as causas da expansão dos transportes particulares no Brasil. O fomento dado pelo Governo Federal à redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), além de problemas sociais, como a violência urbana e a precariedade dos transportes públicos, foram responsáveis por tal ascendência. Ante esse cenário, poluição atmosférica e sonora, engarrafamentos e estresse psicológico são algumas das consequências geradas, comprometendo o direito de ir e vir do cidadão brasileiro.    Outrossim, destaca-se a raiz da problemática do caos da mobilidade urbana: a falta de planejamento urbano. Segundo pesquisas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), o crescimento da frota veicular ultrapassou o crescimento populacional na última década. Nesse sentido, as grandes cidades não estavam preparadas para a demanda, devido ao negligenciamento no investimento de modais de transporte alternativos, como em ônibus, ciclovias e ferrovias.   Infere-se, pois, que a permanência do legado histórico rodoviário contribuiu com a manutenção da problemática do caos da mobilidade. A fim garantir a salubridade da cidade, o Governo Federal deve investir na criação de ciclovias, além de aumentar a qualidade e eficiência da frota de ônibus e metrô, a fim de diminuir engarrafamentos e emissão de CO2 por veículos automotivos. Concomitante à isso, deve garantir a segurança pública, destinando verbas à iluminação e policiamento, principalmente em áreas periféricas, pois assim as pessoas sentirão-se resguardadas e poderão aderir ao uso de bicicletas cotidianamente.