Enviada em: 15/09/2017

Muito se tem discutido, recentemente, acerca da problemática da mobilidade urbana. Para alguns, o aumento da frota veicular causa prejuízos ao meio ambiente e a locomoção de pessoas. Outros argumentam que a aquisição de veículos proporciona crescimento econômico. Diante disso, seria possível ações sustentáveis que possibilitem reduzir o caos diário nos centros urbanos do Brasil?    Ao se examinarem algumas capitais brasileiras, verifica-se a dificuldade de deslocamento dos meios de transporte e das pessoas. Pode-se mencionar, por exemplo, o movimento pendular em que trabalhadores se deslocam para bairros e cidades próximas por questões de emprego e retornam ao final da jornada. Em consequência disso, vê-se, a todo instante os enormes engarrafamentos nas rodovias, bem como, o inchaço metroviário.    No século XIX, durante a Segunda Revolução Industrial, o desenvolvimento tecnológico e científico possibilitou a ampliação do sistema capitalista. Atualmente, o mercado automobilístico, por exemplo, teve um ótimo crescimento, pois as facilidades para adquirir crédito e financiamento desses bens melhoraram consideravelmente. Em virtude disso, nota-se nos grandes centros a falta de espaço para abrigar esse incremento. Com isso, surgem problemas como o aumento da poluição sonora e do ar, levando algumas pessoas a altos níveis de estresse e dificuldades respiratórias.    Em face a essa realidade, medidas são necessárias para resolver esse impasse. Os prefeitos de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, devem incentivar as pessoas, realizando campanhas educativas, através dos meios de comunicação como televisão e internet, para que elas priorizem o transporte público. É fundamental, também, nesse processo, a criação de mais pedágios em algumas ruas e avenidas movimentadas, e esse dinheiro arrecadado seja direcionado para melhorar locais de espera de ônibus e metrôs. Segundo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Sendo assim, o MEC deve instituir em escolas e universidades, palestras ministradas por agentes de trânsito e ambientalistas, que discutam sobre a importância da redução do transporte particular para preservação do meio ambiente, podendo praticar a caminhada e fazer uso de bicicletas em deslocamentos mais próximos.  Assim, haverá maior harmonia entre o desenvolvimento urbano e a natureza.