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Enviada em: 12/09/2017

Durante o século XX, o modelo rodoviarista idealizado pelo Presidente JK, trouxe ao Brasil as indústrias automobilísticas e promoveu a construção de várias rodovias para abrir espaço para o carro. Todavia, na presente década, o predomínio do automóvel no meio urbano acarreta vários problemas ambientais e sociais. Torna-se necessário, portanto, combater os fatores que impedem a incorporação de uma mobilidade de menos impacto ambiental, como a infraestrutura inadequada e a falta de conscientização da população.         Um grande empecilho que dificulta a introdução de novos meios de transportes na sociedade é a carência de infraestrutura nas cidades. As ruas, na maioria dos casos, não são seguras para pedestres ou ciclistas, portanto muitos são os casos de pessoas que são atropeladas. Além disso, há também a ausência de trilhos para metrôs ou corredores para ônibus em muitas cidades. Isso deve-se ao fato, que o Estado ainda prioriza o modelo iniciado por JK em detrimento das bicicletas, ônibus, VLT e metrôs. Por conseguinte, as pessoas continuam achando o automóvel a forma mais segura e confortável de se locomover na cidade.         Além disso, uma parte da população brasileira ainda prefere utilizar os transportes de maior impacto ambiental por não saber da importância da sustentabilidade. De acordo com uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente, menos da metade dos brasileiros sabem o que é sustentabilidade. Muitos não sabem que a maioria dos carros utilizam combustíveis fósseis e emitem poluentes nocivos à saúde e ao meio ambiente. Na COP 21, vários países reuniram para assinar um acordo para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, como os que são emitidos pelos automóveis. Evidentemente, a preocupação mundial com a poluição é cada vez mais crescente, portanto no Brasil deve-se tornar comum a todos também.         Depreende-se, portanto, que a infraestrutura e conscientização ambiental são fatores determinantes para promover a mobilidade urbana de baixo impacto ambiental. Para que isso ocorra, o Estado deve distribuir os gastos equitativamente para os diversos transportes, construindo mais ciclo faixas, corredores de ônibus e trilhos. Assim, o cidadão poderá encontrar facilidade e segurança em outros transportes além do carro. A escola, como formadora de valores éticos, deve promover palestras, debates afim de realizar a educação ambiental, formando cidadãos conscientes. Dessa forma, o Brasil terá uma mobilidade urbana mais eficiente e um futuro mais sustentável.