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Enviada em: 28/09/2017

Segundo Paul Watson, cofundador e diretor da fundação Geenpeace, "a inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente". No contexto atual de caos e poluição urbana, tal caráter não se faz presente, haja vista que o o Brasil possui uma herança rodoviarista, além de uma ineficiente rede de transporte coletivo e escassez de meios alternativos de deslocamento.       É importante abordar, primeiramente, que desde a década de 50 com o governo JK, o Brasil adotou o modelo rodoviário como o principal modal de trasporte. Diante disso, a contribuição automobilística para o cenário de poluição urbana é um fator alarmante. Prova disso é que, segundo dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB -, os automóveis são responsáveis por cerca de 90% da poluição na capital do estado, o que evidencia a contribuição negativa desses veículos para o meio ambiente. Com isso, surgem os problemas ligados à contaminação do ar, como bronquite asmática, câncer de pulmão e doenças cardiovasculares.        Paralelo a isso, a ineficiência e falta de integração entre o sistema público de transporte associada a falta de ciclovias, dificultam a tomada de iniciativa por parte da população em reduzir o problema. Nesse sentido, faz-se necessário um modelo de transporte integrado e com alta eficácia. Tal modelo pode ser observado na cidade de Londres, a qual possui um sistema de transporte público que integra metrô, trem, bondinho e ônibus, e, neste último, possui uma frota de veículos híbridos e até mesmo elétricos, o que reduz a emissão de CO2. Além disso, a cidade conta com um sistema de aluguel de bicicletas no qual pode-se usar o serviço por 1 libra, durante 24 horas. Logo, evidencia-se que esse é um modelo prático e sustentável, que pode servir de exemplo para o Brasil.     Fica claro, portanto, que, mesmo tendo raízes históricas, as dificuldades da mobilidade urbana devem ser suprimidas. Por conseguinte, é papel das prefeituras municipais a construção de ciclovias e ciclofaixas nas cidades, além de garantir, através da criação de um sistema integrado entre modais, o acesso da população à meios alternativos de transporte. Além disso, é papel do Governo Federal, em parceria com a iniciativa privada, a criação e distribuição pelo país de stands de bicicletas disponíveis para aluguel a baixo custo, para que que haja acesso facilitado a esse meio de transporto não-poluente. Por fim, é papel da mídia, em parceria com ONGs, o incentivo aos modos alternativos de transporte, através de ficção engajada e promoção de palestras, a fim de que, em associação com as medidas governamentais, esse problema seja solucionado.