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Enviada em: 15/09/2017

Após a Primeira Revolução Industrial, os automóveis foram desenvolvidos para acelerar e facilitar a locomoção de pessoas e bens. No entanto, devido às reações de combustão que cedem energia para locomoção desses veículos, atualmente, um dos principais desafios da mobilidade urbana de baixo impacto ambiental é reduzir a quantidade de gás carbônico – CO2 – emitidos nas estradas do Brasil.          Esse gás, produto da combustão, é um dos principais responsáveis pelo agravamento do efeito estufa, fenômeno natural, mas que vem aumentando suas proporções, principalmente, em razão da ação humana. Consequentemente, a quantidade de calor retido nas ligações do CO2 provoca a elevação da temperatura do planeta. Com isso, geleiras já estão derretendo, animais podem sofrer para adaptar seu nicho ecológico às novas condições de seus habitats e, como abordado no livro A Sexta Extinção, espécies raras de anfíbios estão morrendo devido ao aquecimento global.        Entretanto, essa questão está longe de ser resolvida. Segundo o Observatório da Mobilidade, a frota de veículos mais que dobrou em dez anos no Brasil. Isso se deve, especialmente, à pouca prioridade que os brasileiros dão ao transporte público coletivo, pois esse encontra-se, por vezes, sucateado, superlotado e, ainda, cobrando altos preços pelas condições precárias que oferece. Além disso, há pouco investimento do Governo Federal e dos Ministérios na construção de ciclovias, uma boa alternativa para diminuir emissões de gás carbônico. Assim, enquanto países, como a Holanda, contam com aproximadamente 34 mil quilômetros de ciclovias, apenas 1% da malha viária brasileira é composta por essas faixas, segundo levantamento feito pelo G1.       Desse modo, medidas são necessárias para resolver essa questão. Logo, o Ministério do Meio Ambiente deve criar um projeto de implantação de novos meios de locomoção públicos coletivos, de preferência os que sejam movidos a biocombustíveis e,ainda , incentivar, por meio de comerciais, o uso desses veículos. O Governo Federal deve, por sua vez, em parceira com o Ministério das Cidades, elaborar um plano de metas inteligentes para a mobilidade urbana de baixo impacto ambiental e, nesse plano, determinar um prazo para que prefeituras municipais comecem e concluam a construção de ciclovias em suas cidades, pois como dito por Paul Atson, fundador do Green Peace: “Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente.”