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Enviada em: 06/10/2017

Na década de 50, no governo de Juscelino Kubitschek, houve grande desenvolvimento da indústria automobilística no país, devido ao "plano de metas" que incentivou a entrada de capital estrangeiro no setor. A partir de então, criou-se a cultura do carro é sinônimo de status social, promovendo o aumento de veículos particulares e, posteriormente, uma crise de mobilidade urbana. Essa é ocasionada pelo fato do projeto urbano das cidades brasileiras não atender seu contingente, além disso, a precariedade do transporte público motiva o uso de transporte privado.     A falta de planejamento urbano das cidades é um dos principais desafios da mobilidade urbana. Com a revolução industrial, houve um grande êxodo rural, aumentando os números de habitantes nas cidades e intensificando o processo de urbanização. Hoje 84% da população brasileira é urbana, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contudo, o crescimento das cidades não foi acompanhado de infraestrutura e planeamento, suscitando em uma série de problemas urbanos tendo como exemplo a insuficiência viária.     Ademais, a precariedade do transporte público é outro agravante da problemática. A deterioração dos coletivos é mais acentuada nos ônibus que, na maioria dos estados, são veículos velhos, com pouca manutenção e segurança, além de motoristas desqualificados. Consequentemente, parte da população adere ao uso de automóveis particulares em detrimento aos coletivos, enquanto a outra parte, que não possui recursos, é submetida a situação degradante e à insegurança.     Dessa forma, é imprescindível que o Ministério dos Transporte, em parceria com a Secretária de Mobilidade Urbana, crie faixas exclusivas para ônibus e ciclovias, através da elaboração de um plano urbano que atenda as necessidades locais, visando a atenuação do fluxo de veículos nas cidades. Além disso, é importante que o Poder Legislativo fiscalize a administração do transporte público, através da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com intuito de garantir o fornecimento de serviços adequados, eficientes e seguros à população pelas empresas privadas.  Assim, ter-se-ia a atenuação dos obstáculos enfrentados na questão da mobilidade urbana.