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Enviada em: 16/09/2017

Incompressibilidade       Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa ao Brasil, cultivava-se a preocupação em ocupar todo território nacional. Entretanto, quinhentos anos depois, grandes centros urbanos encontram-se saturados a ponto de interferir no direito de ir e vir da população. Desse modo, convém analisar as vertentes que englobam os desafios relacionados a mobilidade urbana de baixo impacto ambiental.            Segundo Isaac Newton, para toda ação, existe uma reação de igual intensidade em sentido contrário. Assim sendo, é inevitável que a mobilidade urbana atual seja caótica, haja vista que desde 1950, os meios de transporte sustentáveis  são preteridos por automóveis e rodovias. O problema é que a dificuldade de locomoção atual é tão grande, que os outros direitos básicos como saúde e educação, acabam sendo prejudicados.     Outrossim, de acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Nesse contexto, fica claro que a ausência do Estado em realizar planejamentos urbanos e incentivar o uso de veículos pouco poluidores, rompe essa harmonia, uma vez que o governo, desprovido de virtudes para as teorias machadianas, pretere o sustentável pelo motorizado, essencialmente por gerar receita e permanece inerte perante ao caro e precário transporte público, que corrobora com a utilização de carros particulares, superlotado ainda mais as cidades.       Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A fim de promover uma locomoção digna e sustentável, a Receita Federal deve fornecer recursos para o Ministério do Transporte, que construirá ciclovias e ciclofaixas, além de operar melhorias no transporte público, para que o uso de automotores particulares reduza. Ademais, as prefeituras devem realizar um rigoroso planejamento urbano para que, de acordo com as leis newtonianas, dois corpos não tentem ocupar o mesmo espaço.