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Enviada em: 18/09/2017

A insustentabilidade do automóvel     Na década de 50, o presidente Juscelino Kubitshcek trouxe grandes incentivos à indústria automobilística do país, o que impulsionou o uso de automóveis em grande escala. Entretanto, a realidade atual do Brasil não é compatível com o excesso desses veículos, causando graves problemas sociais, ambientais e econômicos, o que gera a necessidade de meios de transporte alternativos.         Apenas na Grande São Paulo se concentram mais de 20 milhões de habitantes, com uma frota de mais de 8 milhões de automóveis. Isso resultou num grave cenário, de gigantescos congestionamentos, enormes quantidades de gases poluentes emitidas e um número elevadíssimo de acidentes. Esse amálgama negro evidencia a insustentabilidade do atual meio de mobilidade.      Além dos carros individuais, o país depende completamente do transporte rodoviário, que já representa mais de 60% de todas formas de locomoção de mercadorias. Esses dados representam a intrínseca relação do Brasil com os automóveis, e isso traz grande dificuldade na implementação de meios alternativos de mobilidade.      Todavia, o país possui enorme potencial para utilizar métodos de transporte de baixo impacto ambiental. As temperaturas amenas, resultantes das baixas latitudes, permitem o uso de bicicletas em todas estações, sendo uma ótima alternativa ao transporte individual. Além disso, o grande número de rios e o enorme litoral, trazem boas perspectivas para locomoção hidroviária, o que pode não apenas substituir milhares de caminhões, como também servir de alternativa aos ônibus em cidades costeiras.       Diante da situação atual, o Brasil deve buscar os meios alternativos de transporte rapidamente, assim poderá trazer enormes benefícios a longo prazo. Portanto, os governos municipais devem investir mais na construção de ciclovias e em redes metroviárias, sendo esses os 2 métodos mais eficazes de transporte nas grandes cidades. Ademais, o governo federal, em parceria com empresas privadas, pode investir em seu potencial hidroviário, que por meio de navios de carga e balsas de transporte, trazem eventual lucro para ambos, ao mesmo tempo em que se reduz drasticamente o impacto ambiental.