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Enviada em: 26/10/2017

Com a Revolução Verde, em meados do século XX, e consequente êxodo rural, deu-se início a realidade de superdensidade demográfica, que se acarreta até hoje. Nesse contexto, diante da urbanização acelerada, a mobilidade tem sido um problema recorrente nas grandes cidades devido aos impactos ambientais causados, principalmente, pelos veículos à combustão. Nesse sentido, é fundamental considerar as particularidades de cada lugar, como clima e gestão política dos transportes, para amenização de tal mazela.       Inicialmente, é evidente a escolha do transporte privado em detrimento ao público por aqueles que os possuem. Isso se dá devido à baixa qualidade das opções que os municípios ofertam, como automóveis e trens deteriorados, além da limitada área de abrangência e conectividade de regiões. Dessa forma, com o maior número de veículos nas ruas, há o aumento em relação diretamente proporcional à emissão de gás carbônico, corroborando aos impactos ambientais, como a chuva ácida. Assim, seguindo a tendência mundial, muitas capitais brasileiras implantaram as vias para bicicletas como medida paliativa.       No entanto, a política de implantação e incentivo ao uso das ciclovias exige a observação quanto ao clima tropical. Tal panorama se dá, pois as constantes e altas temperaturas trazem desconfortos e problemáticas no uso de meios de locomoção como patinetes e bicicletas, por naturalmente geraram suor excessivo pelo calor. Essa realidade é diferente no clima temperado da Dinamarca, o qual possibilita que metade da população usem os meios alternativos rotineiramente. Desse modo, nos países de elevadas temperaturas, a mobilidade que visa um baixo impacto ambiental é ainda mais complexa.       É inegável, sobretudo, a necessidade da adequação de transportes que não agridam o ambiente. Destarte, no Brasil, é papel das Prefeituras atuar mais fortemente na manutenção dos transportes coletivos, realizando vistorias semanais, a fim de fomentar suas frequências. Porém, será de importante utilidade que o Estado, junto a Receita Federal, gere um programa de incentivo fiscal, como desconto no imposto de renda, às empresas que se adaptarem com vestiários para que seus funcionários possam tomar banho e se arrumarem antes de começar o trabalho, estimulando o uso das bicicletas como meio de transporte. Por meio dessas medidas, uma real revolução sustentavelmente verde se iniciará.