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Enviada em: 27/10/2017

Durante o século XX, o Brasil privilegiou as rodovias como alternativa para o transporte de cargas, tendo como objetivos: integrar o território brasileiro e também industrializar o país com base na formação de pólos automobilísticos. Entretanto, o automóvel, grande aliado do século XX, tornou-se o vilão do século XXI. Afinal, além do transtorno causado pelos engarrafamentos nas grandes cidades, ele é responsável pela emissão de gases poluentes, que geram um grave impacto ambiental.        É inegável que grande parte das cidades brasileiras, principalmente as grandes metrópoles, são marcadas por sérios problemas urbanos e de mobilidade. Neste contexto, podemos citar os constantes engarrafamentos devido a explosão do número de automóveis e motocicletas. De fato, entre 2001 e 2011, a frota das doze principais capitais brasileiras cresceu 77%, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).         De acordo com o teólogo Richard Foster, precisamos ter sempre em mente o equilíbrio necessário entre o desenvolvimento econômico e saúde ecológica. Desse modo, a questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, num cenário de desenvolvimento social e econômico do país. Não podemos desconsiderar os malefícios que os automóveis causam ao meio ambiente uma vez que lançam gases poluentes a atmosfera, responsáveis por irritação da vias respiratórias, crises asmáticas, além de contribuírem para o agravamento do efeito estufa e aumento de chuvas ácidas com fortes danos ao ecossistema.         Soluções reais para o trânsito são aquelas que retiram o excesso de carros das ruas e colocam as pessoas em transportes coletivos e/ou alternativos. É mister, por parte do Governo Federal, juntamente com o Ministério do Transporte, investimentos no transporte público com o efeito de migrar os passageiros dos veículos individuais para o coletivo. E preciso pois, a construção de canaletas para a circulação dos ônibus, a disponibilidade de veículos com grande capacidade de passageiros e os diversos tipos de linhas existentes para atender as necessidades da população. Tal medida, visa minimizar os transtornos dos congestionamentos. Outrossim, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.