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Enviada em: 02/11/2017

Em uma das cenas do filme "Um dia de Fúria", o personagem principal, interpretado por Michael Douglas, durante a viagem para sua residência, é impedido de deslocar-se com seu carro, por conta de um trânsito completamente congestionado, o que contribui para sua explosão de fúria, fazendo abandonar o veículo no meio do engarrafamento e prosseguir o restante do caminho a pé. Fora da ficção, problemas por conta da crise da mobilidade urbana são uma realidade no Brasil, que vão desde engarrafamentos a prejuízos do ar atmosférico.    Com o advento da Revolução Industrial houve um crescimento na aquisição de automóveis. Dessa forma, as empresas, visando o lucro, focaram mais na produção de veículos populares ao invés de investimentos no sistema metroviário, sendo a primeira mais rentável para elas por conta de gastos como manutenção do veículo. Esse aumento acarreta congestionamentos quilométricos nas capitais, pois a elevação da frota não foi acompanhada de um planejamento das cidades para circulação deles, de acordo com matéria do Jornal Folha de S.Paulo. Ademais, além do trânsito não fluir, o aumento de veículos é proporcional ao acréscimo da liberação de gás carbônico na atmosfera , causando, problemas ambientais, a exemplo da chuva ácida, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.   Contudo, caminhamos lentamente em direção a uma possível solução do problema. Faltam linhas de metrô em um grande número de capitais, conforme matéria da revista CartaCapital. Além disso, falta incentivo à população para o uso de meios alternativos de transporte, segundo o Instituto Datafolha. Por fim, falta uma maior fiscalização no trânsito em relação ao respeito e segurança do ciclista, acabando por desestimular esse tipo de locomoção que, além de ser prático, não polui como um veículo motorizado.    Portanto, medidas são necessárias para resolver a questão. Uma medida seria a ampliação da linha metroviária nos centros urbanos pelos estados. Isso poderia ser feito por intermédio de uma proposta de emenda constitucional aprovada em congresso que autorize a União Federal a destinar uma maior parcela dos impostos arrecadados para tal objetivo. Logo, a partir do momento em que mais pessoas optassem por deslocar-se de metrô ao invés de automóvel, por conta do aumento da estrutura desses, essa ação contribuiria para diminuição do fluxo de veículos nas capitais e, por conseguinte, os níveis de liberação de CO₂ .Outra proposta seria, por meio de lei inserida no Código de Trânsito pelo Poder Legislativo, uma maior garantia de segurança ao clicista. Assim, estimularia o uso de meios alternativos de transporte, auxiliando na questão ambiental, pois , conforme frase do Greenpeace, "A mudança é o primeiro passo para sustentabilidade".