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Enviada em: 11/09/2017

O ex presidente Juscelino Kubitscheck,com o objetivo de integrar as regiões brasileiras, priorizou a construção de rodovias durante o seu mandato,atraindo investidores internacionais,como a montadora de carros Ford,o que,por consequência,estimulou e facilitou a aquisição de veículos pela população.Entretanto, esse modelo rodoviarista, em detrimento dos outros tipos de modais, é responsável pelo grande número de veículos que circulam nas estradas do país e tem,por conseguinte, a superlotação dessas, reduzindo a mobilidade urbana e revelando a necessidade de intervenções sociogovernamentais para amenizar a problemática.      Além disso,a preferência pelo do transporte individual traz diversas consequências à qualidade de vida da população,esse não são só provoca o chamado engarrafamento nos horários de pico, mas também eleva os índices de poluição,de doenças respiratórias e agrava o fenômeno ambiental da chuva ácida.Ademais,o Brasil é um país de clima predominante tropical e a má qualidade dos veículos públicos coletivos que, na maioria dos casos,não possuem um sistema de refrigeração eficaz ,são superlotados e caros, é responsável por desestimular a procura pelas conduções coletivas,elevando o número de automóveis nas ruas e transformando a problemática em um ciclo.      De acordo com uma notícia veiculada por meio do portal G1 no ano de 2016, os habitantes do Rio de Janeiro levam de 50% de tempo a mais para se deslocarem no trânsito, fazendo dessa cidade uma das 10 mais congestionadas do mundo e, ao analisar este dado, é possível verificar a ineficácia das atuais políticas públicas no combate à problemática. Outrossim, a dificuldade da mobilidade urbana no país pode resultar em perdas econômicas, visto que essa não só aumenta o consumo de combustíveis e o desgaste dos veículos, mas de mesmo modo afeta a qualidade dos asfaltos e resulta na perda de tempo no trajeto casa-trabalho.       Infere-se,portanto, que a mobilidade urbana no Brasil é precária e necessita de intromissões tanto estatais quanto individuais. E para isso, a população deve ser estimulada, por meio de campanhas midiáticas veiculadas pelo Ministério dos Transportes, a aderir à prática do “carpool”, um fenômeno norte-americano em que as pessoas dividem as despesas do automóvel para irem juntas para o trabalho,diminuindo o fluxo de veículos das ruas e a emissão de gases poluentes. Além disso, as administrações municipais devem tomar medidas cabíveis para diminuir as tarifas da condução pública e melhorar qualidade dessa, fomentando o uso dessa condução nas atividades cotidianas. E por fim,a população deve denunciar o mau gerenciamento,por parte das empresas responsáveis pelo transporte público, aos órgãos fiscalizadores competentes para que essas sofram sanções e sejam multadas.