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Enviada em: 12/09/2017

"No meio do caminho tinha um engarrafamento"        Durante o governo de Juscelino Kubtschek houve o incentivo ao modelo desenvolvimentista do país, favorecendo a implantação de empresas automobilísticas ao território brasileiro, estimulando a população à adquirir veículos particulares. Infelizmente, tal modelo desordenado serviu como ponto de partida para o impasse da mobilidade urbana presente na atualidade. Em decorrência do notório inchaço urbano obriga-se com urgência, a agilidade e segurança no deslocamento de bens e pessoas, além de mitigar os impactos ambientais.           Em primeiro plano, acompanhando a tendência mundial o Brasil chegou ao início do século XXI como um país urbano, com 82% de sua população vivendo nas cidades. No entanto, não foi acompanhada de políticas públicas de infraestrutura e urbanização, o que gerou um descontrole da locomoção populacional, dificultando o direito de ir e vir dos indivíduos. Nesse contexto, infere-se a precariedade na mobilidade urbana, principalmente, nas grandes metrópoles, uma vez que, há centralização das atividades econômicas e comerciais, juntamente com o "movimento pendular" realizado diariamente pela população. Decorre-se disso, horários de pico, engarrafamentos e tráfego intenso, além de sobrecarregar os transportes públicos.            Ademais, está em vigor desde o início de 2012, a Política Nacional de Mobilidade Urbana sendo aprovada para garantir a eficiência nos deslocamentos nas cidades, priorizando o transporte público coletivo para reduzir custos ambientais e econômicos. No entanto, os transportes públicos de massa continuam a ser um empecilho na vida do brasileiro que necessita de deslocamento diário. O alto custo, juntamente com a precariedade desses modais, servem de incentivo para a população investir em meios de transporte individuais, agravando, assim, tais problemas.             A fim de minimizar esse cenário caótico, portanto, cabe aos Municípios praticarem revisões e reestruturar as empresas responsáveis pelo transporte coletivo, através de tabelas e planilhas, analisando, por exemplo, custos elevados, bem como, a qualidade desses modais. Além disso, compete ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, atuar em vias urbanas, principalmente, em regiões conurbadas, com a construção de corredores intermodais que integram diferentes tipos de transporte, facilitando assim, o fluxo de veículos com agilidade e segurança.