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Enviada em: 12/09/2017

A cidade de São Paulo possui um dos trânsitos mais caóticos do mundo, o que contribui para a redução da qualidade de vida da população. Um fato que atesta a crise na mobilidade urbana nacional. Nesse sentido, é necessária uma mudança de panorama para que a relação meio urbano e população seja mais saudável. No entanto, destaca-se a grande quantidade de veículos em conjunto com um precário serviço de transporte público como razões dessa crise.   Inicialmente, compreende-se o numeroso fluxo veicular das cidades como uma das causas da crise na mobilidade urbana brasileira. A razão disso é que as cidades do país não suportam grandes quantidades de automóveis e motocicletas circulando ao mesmo tempo, uma vez que elas não possuem infraestrutura viária adequada para essa realidade, pois não se formaram com base em um planejamento das ruas e conformação urbana. Por exemplo, a cidade de Salvador é conhecida não somente pela cultura singular, mas também pelo trânsito estressante, já que as ruas são estreitas para receberem o tráfego comum de uma capital, o que evidencia o contexto histórico da cidade, que não foi desenvolvida de maneira ordenada, como ocorreu em Brasília e Palmas. Portanto, a soma entre infraestrutura urbana inadequada para muitos veículos trafegando, resulta em uma das causas da crise na mobilidade urbana brasileira.   Além disso, a precaridade do sistema de transporte público agrava essa realidade. Sobretudo porque muitas pessoas acabam preferindo trafegar em seus veículos, pois os ônibus e metrôs disponibilizados pelo poder público inibem a utilização dos transportes locais, uma vez que eles são desconfortáveis e inseguros, gerando incômodo e podendo por a vida dos passageiros em risco, o que só amplia a quantidade de veículos nas ruas, agravando a crise. Basta ver os noticiários, que veiculam diariamente metrôs quebrados ou esperando desocupação dos trilhos, sobretudo em São Paulo, bem como as greves de metroviários e motoristas de ônibus, evidenciando o descaso com o sistema e funcionários.  Assim, a precariedade do transporte público obstrui a mobilidade urbana das cidades brasileiras.   Convém, portanto, que os governos municipais, assim como Londres na Inglaterra, passem a cobrar pedágio para o tráfego de veículos particulares em horários de grande agitação urbana, a fim de diminuir a quantidade de automotores nos centros, aumentando o fluxo do trânsito, sendo uma opção viável e dentro do campo legal. Diante dessa nova realidade, as prefeituras usarão o dinheiro arrecado para qualificar o transporte público, aumentando a segurança e conforto para os passageiros, na intenção de incentivar a utilização dos meios de locomoção de caráter público. Assim, atenuando a crise na mobilidade urbana vivida pelo Brasil.