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Enviada em: 24/09/2017

Embora historicamente os investimentos nos setores de transportes tenham sido fundamentais para a construção de vida em sociedade, contextos temporais específicos se mostram capazes de desconstruí-los. A mobilidade urbana, processo intimamente ligado as condições de deslocamento da população, tornou-se nas últimas décadas um transtorno bastante recorrente no Brasil, o que se pode explicar por fatores como o desrespeito a cidadania e o individualismo presente.    Visando ao aumento da lucratividade em suas atuações produtivas, empresas privadas em parceria com meios de comunicação propagam o comodismo na medida em que passam a vender status, conforto e vantagens. Desejos esses que além de causarem poluições - do efeito estufa à saúde -, estimulam uma situação de paradoxo como aborrecimentos e perda considerável de vida em engarrafamentos; fatores que também são causados pelo detrimento do transporte público.    Outro aspecto decisivo nesse contexto de mobilidade deficiente encontra-se no desrespeito frequente aos cidadãos brasileiros. Tempo de deslocamento, a qualidade e o custo do serviço público proporcionam  esse desacato. Além da violência moral e sexual que, geralmente, mulheres passam dentro desses transportes, a falta de fiscalização do Estado sobre essas empresas contribui para que o nível dessas conduções continuem baixo, e muitas vezes, precário.    Para que se reverta, portanto, esse cenário preocupante, urge a necessidade de a Secretária Municipal de Transporte promoverem melhorias no transporte público, e em parceria com o Estado, fiscalizarem com maior precisão essas conduções, além de desenvolverem um planejamento urbano eficiente, implementarem ciclovias e faixas. É pertinente, também, que empresas público-privadas ligadas a campanhas publicitárias, incentivem a mudança da noção cultural do brasileiro de individualismo.