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Enviada em: 18/09/2017

Em '' O Cortiço'' de Aluísio Azevedo é retratado o quão a falta de um planejamento urbano implica problemas estruturais e sociais. Na contemporaneidade os reflexos do crescimento abrupto e desornado das grandes metrópoles que promove a falta de mobilidade possui raízes de cunho gestacional, econômico e comportamental.   Na década de 60 Juscelino kubitschek iniciou uma política desenvolvimentista, em que se expandiu consideravelmente a malha rodoviária do país, com o argumento de promover uma integração das regiões. Contudo, com o predomínio de um modal de transporte no Brasil, que possui dimensões continentais, problemas no deslocamento surgem devido à essa incompatibilidade. Além de ser uma estratégia adotada, normalmente, por políticos populistas, pois, por ser de curto prazo, o rodoviarismo resulta mais visibilidade.   Aliado à essa postura errônea dos gestores em não diversificar e relacionar os modais, tem-se, além do mais, o aspecto econômico que corrobora a propagação de automóveis, pois com uma extensa malha rodoviária as empresas automobilísticas lucram com a venda de veículos. Por conseguinte, as cidades têm sofrido com o fenômeno da macrocefalia urbana, em que o aporta estrutural da cidade não comporta a quantidade de veículos, inviabilizando o deslocamento de forma adequada. Além do mais, a péssima qualidade do transporte público contribui para o caos urbano, uma vez que não encontrando serviços satisfatórios a população recorre ao transporte individual.   Para que se atenuar esse impasse, portanto, se faz necessários ações conjuntas. É dever do poder Legislativo criar políticas públicas para promover a integração dos modais e aproveitar as potencialidades naturais, para melhorar o deslocamento. Ademais, deve ser incentivado, por meio de campanhas, realizada por ONG's o uso de transportes coletivos, a fim de reduzir a grande circulação de veículos individuais, e dessa forma construir uma cidade mais sustentável e integrada.