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Enviada em: 17/09/2017

Consumismo, superlotação e precariedade. Desde o governo de Juscelino Kubitschek e ao longo do século XX, o Brasil foi essencialmente rodoviarista, voltados para a atração de empresas internacionais do ramo automobilístico. Com isso, percebe-se que as dificuldades de locomoção urbana hoje no Brasil, devem-se principalmente do passado histórico onde as políticas urbanas foram ineficientes.        A produção em massa e o incentivo ao consumo mostra que o interesse particular se sobrepõe ao da coletividade. Uma vez que a maior parte dos investimentos foram voltados principalmente para o modal rodoviário, a falta de planejamento e a urbanização recente causam problemas a sociedade e para o meio ambiente. Também é válido ressaltar que os problemas no trânsito são resultados dos grandes números de veículos que circulam diariamente nas metrópoles brasileiras, difundidos principalmente pela mídia, através das inúmeras propagandas e novelas que atrelam a ideia de felicidade ao consumo de tais produtos.       Além do crescimento abrupto das cidades causarem a saturação da malha urbana, ainda é um fator preocupante a falta da qualidade desse deslocamento - conforto, preço, tempo -. Tal fato pode ser explicado pela baixa qualidade dos transportes coletivos, que estimula o indivíduo a buscar o conforto dos transportes particulares. Um exemplo da insatisfação por parte da população brasileira foi o protesto de 2013 contra o aumento da passagem do transporte público. Outro transtorno é o estresse e o tempo perdido em congestionamentos. A ideia é investir mais nesses modos alternativos, para assim atenuar os excessivos números de veículos transitando nas ruas das grandes cidades do país.       É indispensável, portanto, para que haja uma melhor fluidez de automóveis nas ruas das cidades que aumente o estímulo aos transportes coletivos públicos. Para isso, os governantes devem implementar projetos similares ao de bicicletas compartilhadas, bem como construir mais ciclo faixas, a fim de melhorar a mobilidade urbana. Ademais, as escolas precisam inserir aulas sobre educação ambiental, com o objetivo de não só debater esse assunto, mas também promover a criação de medidas para estimular o transporte de baixo impacto ambiental, aplicando-as em nível individual e social. De toda forma, é preciso ampliar os debates, regulamentando ações públicas para o interesse da questão, tais como a difusão dos fóruns de mobilidade urbana a partir de ações midiáticas e a melhoria do Estatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da eficiência dos deslocamentos por parte das populações.