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Enviada em: 18/09/2017

Desde a Baixa Idade Média, com o crescimento da classe mercantil e a emancipação das cidades, percebe-se o movimento migratório das famílias da área rural para os centros urbanos. Nesse contexto, sabe-se da necessidade de locomoção advinda desse êxodo rural, entretanto, muitas são as barreiras que impedem o êxito de políticas-estruturais tangentes ao mobilismo das cidades - como acessibilidade precária de transportes públicos e inobservância do governo perante às dificuldades locomotivas dos grandes centros -  gerando um déficit social referente à mobilidade urbana.     A princípio, é válido salientar a dificuldade de locomoção dos portadores de necessidades especiais, visto que a acessibilidade está diretamente ligada à mobilidade: não há acesso se não há planejamento e aplicação de medidas inclusivas. Dessa forma, fica claro que a insuficiência locomotiva afeta a população em vários níveis, fomentando diversos males - como estresse, segregação e acidentes - advindos da falta de conforto e comodidade de transportes que deviam suprir a demanda populacional.     Além disso, é possível apontar que a defasagem governamental com a qualidade dos transportes públicos contribui para o crescimento ascendente do número de veículos particulares nas ruas, já que a população insatisfeita enxerga vantagem em um meio de transporte próprio. Entretanto, essa alternativa promove um trânsito caótico, pois mesmo os grandes centros não estão estruturados - com iluminação, pavimentação e sinalização - para suportar o fluxo desordenado de carros, ônibus e motos.   Entende-se, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar os desafios da mobilidade urbana. Cabe aos cidadãos que fiquem atentos ao que por direitos lhes é concedido, além de reivindicarem, perante as autoridades responsáveis, justiça na prestação de serviços, fazendo valer o que está escrito na Constituição. Ao Estado, por sua vez, compete o investimento de verbas destinadas à manutenção e acessibilidade dos transportes públicos. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alcançará o país democrático de direito.