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Enviada em: 15/09/2017

Os desafios relativos a mobilidade urbana no Brasil, provêm de estratégias políticas voltas a atender o interesse de investidores estrangeiros. Durante o governo de Juscelino Kubitscheck, a implementação de rodovias foi altamente incentivada, afim de atrair os investimentos da indústria automobilística, para tal, foi construída uma grande rede de rodovias interligado as mais diversas regiões do Brasil. Esse projeto também envolveu a paralisação dos investimentos no sistema ferroviário que era mais barato, eficiente, e atendia melhor a demanda da nação. Mediante esse cenário, se faz necessário mudanças, afim de intervir nesse sistema, possibilitando uma maior mobilidade.       O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI), a baixa qualidade do transporte público e a pequena quantidade de ciclovias contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e tantos outros. Como resultado desse processo, tivemos uma explosão no uso de automóveis, o que afetou a qualidade de vida nas metrópoles.      A questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas públicas. Nesse cenário, fica evidente que esse padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado e individual é insustentável, tanto no que se refere à proteção ambiental quanto no atendimento das necessidades de deslocamento que caracterizam a vida urbana. Para se ter uma noção desse cenário, segundo o Observatório das Metrópoles, entre 2001 e 2011 o número de automóveis aumentou de 11,5 milhões para 20,5 milhões, isso levando em consideração apenas as 12 principais capitais no país.      Tendo em vista a insustentabilidade do modelo atual, algumas medidas são necessárias com intuito de intervir nessa situação caótica. Os governantes devem implementar projetos similares ao de bicicletas compartilhadas, bem com a ampliação das ciclovias reduzindo assim a quantidade de carros do trânsito. O Poder Executivo deve aumentar os impostos sobre veículos motorizados e reduzir o das bicicletas, afim de estimular o uso das mesmas. Campanhas publicitárias devem ser desenvolvidas e circuladas em rede nacional estimulando o uso de bicicletas, mostrando os benefícios que o uso da mesma traria tanto para a saúde do indivíduo, quanto para a melhoria do trânsito. Os governos estaduais devem investir na melhoria da rede de transporte público, além de subsidiar as passagens de ônibus e metrô, reduzindo assim o preço das mesmas e incentivando o uso de transportes coletivos.