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Enviada em: 17/09/2017

O urbanista e ex-prefeito de Bogotá, Colômbia, Enrique Penãlosa, afirma que, uma cidade em que as pessoas possam andar a pé ou de bicicleta não é apenas segura, mas prazerosa. Analogicamente, pode-se constatar a ausência desta qualidade de vida no território brasileiro, onde é priorizado e estimulado o uso de carros e motos, desencadeando, desta forma, grandes problemas.      No mandato de Juscelino Kubitschek, criou-se uma cultura em que carro é sinônimo de status social, e, desde então, os governos vem incentivando e facilitando a compra dos mesmos, que, com o desenvolvimento social e econômico, foi possível. Por conseguinte, gerou-se um expressivel aumento da motorização individual e um grande "inchaço" destes nas ruas, causando, problemas para o ambiente e para a saúde, devido a grande emissão de gás carbônico, como poluição e doenças cardiorrespiratórias.      Entretanto, o impasse é ainda maior, visto que, a mobilidade para veículos não motorizados, como a bicicleta, calçadas adequadas para pedestres e o transporte público, são negligenciados, estado, a maioria, em defeituosa situação ou em muitos casos, inexistentes. Isto, indubitavelmente, é contraditório, uma vez que, seria a solução para o caos urbano brasileiro.      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Dessa forma, é preciso, primeiramente, uma parceria do governo estadual e federal com os municípios, para criar um sistema de transporte coletivo em massa, como o Transporte Rápido por Ônibus (BTR), para agilizar a viagem dos passageiros e estimular o uso do mesmo. Depois, restringir os automóveis, portanto, o governo deve fazer corte em estacionamento nas ruas, criar pedágios e rodízios. Ademais, é preciso a mobilização da população para que se cumpra a lei da mobilidade urbana, que visa, em teoria, as melhorias das calçadas e a criação de ciclovias e ciclofaixas. Assim, as cidades se tornariam mais agradáveis e sustentáveis.