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Enviada em: 18/09/2017

Com a chegada da corte real, no século XIX, inicia-se no Brasil um processo de urbanização, advindo das quase 14.500 pessoas que aqui desembarcaram, de modo desastroso, sem planejamento e estrutura. Hoje, o país enfrenta os problemas que foram gerados com essa rápida urbanização, consequente também de crescimento industrial da década de 30. A partir desse contexto, é válido analisar o grande desafio que as cidades tem de democratizar os seus limites, e como a falta de planejamento afeta diretamente o brasileiro.    Em primeira análise, é válido observar que o crescimento de veículos individuais tem dificultado a mobilidade urbana nas grandes cidades. Isso porque a aglomeração de carros contribuem para a interrupção no fluxo do trânsito, ou seja, toda uma estrutura é atrapalhada em decorrência de grande volume circulante, muitos veículos transportando poucas pessoas . Exemplo de tal fato, estão nos dados estatísticos do Estadão, que afirma que cerca de 72% dos modais que compõe o trânsito transportam apenas 30% dos pedestres, o que prova que a mobilidade é feita priorizando minorias.     É interessante pontuar, ainda, que o planejamento precário, advindo de décadas anteriores, é muito prejudicial ao dia a dia do brasileiro, visto que existem poucas alternativas aplicadas nas cidades, dificultando a locomoção da população. As cidades inchadas e a falta de acessibilidade para gestantes, idosos e deficientes dificultam também o uso das cidades por essa classe, que utilizam frequentemente veículos com pouca segurança e conforto. Prova disso, está no CTB, Código de Trânsito Brasileiro, que garante a essa parcela da população efetiva mobilidade nos meios urbanos e estações e terminais com a garantia de seus embarques e desembarques seguros.      Admite-se, portanto, que apesar dos problemas com mobilidade no território brasileiro, cabe as gestões públicas o cumprimento das normas da Política Nacional de Mobilidade Urbana, otimizando os investimentos nesse setor , possibilitando, por exemplo, a modernização e a valorização de transportes alternativos, como a bicicleta, por meio da disponibilidade de ciclovias e de ciclofaixas, associadas a estímulos, por campanhas publicitárias veiculadas em redes sociais, com o objetivo de estimular as pessoas a utilizarem esses modais e ainda democratizando e valorizando o pedestre, que é maioria e prioridade. Essas medidas, certamente, acelerariam os traslados, prejudicariam menos a natureza e melhorariam a qualidade de vida dos brasileiros.