Enviada em: 17/09/2017

As condições existentes em uma cidade para que haja o deslocamento populacional cotidiano - mobilidade urbana - têm enfrentado diversos desafios no Brasil e em vários países ao redor do mundo. A falta de integração entre diferentes modalidades de transportes, de qualidade nos veículos públicos e de gestão adequada das cidades sobre tal assunto vêm dificultando a transposição de muitos cidadãos em direção aos seus destinos, tornando-se uma problemática cada vez maior.    Um dos principais fatores contribuintes para esses impasses foi a concretização de uma urbanização recente, abrangente e abrupta, desrespeitando os limites de uma infraestrutura incapaz de suportar tamanho crescimento, sem ao menos possuir um planejamento metropolitano. Foi a partir de 1950 que tal processo se intensificou com a industrialização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek formando um mercado interno integrado e atraindo milhares de pessoas aos centros urbanos locais.     Além disso, há a falta de destinação de capitais por parte da gestão local, inviabilizando a manutenção e a melhoria de transportes públicos, como ônibus, trens e metrôs, que se tornaram meios de conduções desconfortáveis, com superlotações e sem segurança, sendo hoje, no Brasil, alvo de inúmeros casos de violência. O incentivo às indústrias automobilísticas pelo próprio Estado através de reduções dos impostos sobre produtos industrializados é outra questão que impede o fluxo diário.    Medidas, portanto, devem ser tomadas a fim de que amenizem e melhorem o deslocamento diário dos cidadãos brasileiros, sem que percam tempo, dinheiro e qualidade de vida. Dentre elas: o estímulo pelo governo estadual, como desconto em combustíveis, àqueles que praticarem a carona solidária; manutenção do custo das passagens apropriado à realidade da população pelo Tribunal de Contas do Estado; criação de ciclovias e sistema de aluguel de bicicletas, com dinheiro arrecadado para melhoria de calçadas e outras vias, promovidas pelos municípios, e outros.