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Enviada em: 18/09/2017

Segundo o autor alemão Johann Goethe, o que um Estado mais necessita é a presença de governantes corajosos. Nesse sentido, diante da desafiante tarefa de melhorar a mobilidade urbana brasileira, nossos dirigentes não podem ter medo na busca de soluções inovadoras. Contudo, a forte preferência pelo sistema rodoviário e a má gestão da área são pontos difíceis de serem superados.     Observa-se, primeiramente, que o favoritismo dado aos automóveis é histórico. Durante o governo de Juscelino Kubitschek, por exemplo, houve um intenso investimento no setor automobilístico, tido como símbolo de progresso. Décadas depois, ao reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o Estado mostrava ainda seguir a mesma ideologia. Consequentemente, aumentou o número de veículos individuais, que acabaram saturando o espaço geográfico brasileiro.     Verifica-se, ainda, que a má administração do setor não favorece a utilização dos transportes coletivos. Ônibus e metrôs com superlotação, ciclovias desrespeitadas por motoristas só são uns dos vários problemas que desestimulam as pessoas a usarem tais meios coletivos. Em decorrência dessa falta de investimento e estudos, persiste a concentração de automóveis, o que acarreta problemas à população e ao meio ambiente, pois, esse tipo de veículo libera gases estufa.       Depreende-se, portanto, que há ainda muitos empecilhos a serem vencidos para melhorar a mobilidade urbana do país. Cabe ao Estado, o papel de investir em estudos que busquem organizar o sistema de transporte brasileiro, visando, sobretudo, evitar o aumento do número de automóveis. Ademais, essa instituição pode incrementar outros meios para locomoção, como aumentar o número de ciclovias, hidrovias, que são benéficas tanto para a população quanto para o meio ambiente.