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Enviada em: 22/09/2017

Durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, na década de 60, o Brasil sofreu diversas mudanças econômicas e estruturais. O estado brasileiro abriu o mercado nacional para as grandes empresas multinacionais automobilísticas e fez massivos investimentos na construção de rodovias, desta forma, resultando na dependencia do país ao meio de transporte viário. Nesse sentido, tal subordinação é observada até os dias atuais, sendo assim, não somente o grande contingente de carros e autopistas mas também a péssima qualidade do transporte público configuram os principais desafios da mobilidade urbana no país.  Apesar do enorme número de automóveis em circulação e a notória dependência nacional destes, a União, por motivos principalmente econômicos investem baixos valores em medidas que melhorem o fluxo de pessoas nos grandes centros urbanos. Os aspectos econômicos referentes a caçada incessante ao lucro das marcas de carros internacionais e o interesse de alguns políticos na prosperidade dessas empresas se sobressaem em relação a qualidade de vida dos cidadãos. Prova disso foi o incentivo fiscal a compra de veículos feita pelo Governo Federal no ano de 2014, o que aumentou ainda mais a quantidade deles nas ruas em contradição a realidade vivida pelos moradores das metrópoles nacionais, que enfrentam diariamente horas e horas no trânsito.  Em paralelo a questão da política rodoviarista vigente, a baixa quantidade e a péssima qualidade dos transportes públicos agrava ainda mais a situação do deslocamento interurbano no Brasil. Segundo dados da Sindiônibus, um ônibus transporta aproximadamente a mesma quantidade de quase 60 carros e ocupa um espaço ínfimo em comparação. Mesmo assim, o descaso das prefeituras com esse meio de transporte é flagrante na maioria dos estados, apresentando frotas insuficientes e carros antigos e malcuidados.  É seguro afimar, portanto , que é fundamental a criação de ações para a melhoria da mobilidade urbana no país com o intuito de melhor a vida dos cidadãos. Para tanto, é imprescindível o investimento do Governo Federal, por meio do Ministério dos Trasporte, em transporte públicos alternativos como metrôs, BRTs e VLTs que desafoguem o trânsito e a criação de um orgão, em parceria com as prefeituras, que se responsabilize pela qualidade e a quantidade dos ônibus intramunicipais com objetivo de aumentar a eficiência deles. Ademais, cabe ao Congresso Nacional propor leis que limitem as vendas de veículos novos, o que estimularia o uso de transporte público e diminuiria a quantidade destes em circulação. Dessa maneira, a problemática discutida tende a acabar e o brasileiro viva mais dignamente.