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Enviada em: 24/09/2017

Desde o fim da Guerra Fria, em 1985, e a consolidação do modelo econômico capitalista, cresce no mundo o consumo desenfreado. Nesse aspecto, em âmbito nacional, convém destacar os desafios da mobilidade urbana, resultante do grande número de veículos nas rodovias, fomentada pela inércia do Estado e pela desconscientização social, tornando-se imprescindível a tomada de medidas que atenuem a questão.     É importante salientar que, sobretudo, a partir da década de 1950, sob o governo de Juscelino, foi supervalorizada a construção da malha rodoviária e os incentivos fiscais às empresas automobilísticas norte- americanas, de modo que viessem para o Brasil. No entanto, deixou-se de lado os investimentos nas redes metroviárias e hidroviárias, que são os meios de locomoção mais adequados aos países de grande extensão, como é o caso do Brasil. Consequentemente, a população passou a adquirir mais veículos privados, que, com o inchaço urbano, começou a entupir as rodovias, resultando em um problema ainda em questão na atualidade. Ademais, tal conjuntura onera o Estado em milhões de reais todos os anos com reparos de rodovias, sistema médico para atendimento de acidentados além de deixar a economia ligada ao preço do petróleo, o combustível da maioria dos veículos rodoviários.     Todavia, a questão está longe de ser resolvida. Embora o problema do congestionamento seja um fator antigo, o Governo Federal incentiva cada vez mais a compra de automóveis particulares, como mediante a redução do IPI. Em contra partida, desvaloriza a importância dos transportes públicos, o que fica evidente no sucateamento dos ônibus e metrôs, encontrados em estados de deterioração, salvo pequenas exceções. Além disso, por ocasião da falta de consciência, incentivos ou de viabilidade, a população tem buscado incessantemente a compra de carros, com o objetivo de obter conforto e fugir das violências e superlotações dos coletivos.      Portanto percebe-se a permanência do problema por fatores políticos e sociais. Por conseguinte, a fim de atenuar o impasse, a Receita Federal deverá viabilizar uma maior parcela dos impostos arrecadados para o Ministério das Cidades e dos Transportes modificar a conjuntura locomotiva brasileira no que tange o melhoramento funcional e estrutural dos transportes públicos, bem como, em conjunto com o Governo Federal, reduzir os incentivos fiscais aos transportes individuais. Ainda, segundo Immanuel Kant : "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Assim sendo, o MEC instituirá nas escolas e universidades palestras, ministradas por agentes sociais e cientistas políticos, que discutam a importância de atitudes conscientes referentes aos transportes, fitando conscientizar a nova geração e evitar a permanência do problema da mobilidade urbana nas gerações futuras.