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Enviada em: 22/09/2017

Com o processo de desenvolvimento industrial no Brasil, no século XX, a busca pela vida urbana ascendeu desencadeando o êxodo rural, tais fatores contribuíram para o crescimento desenfreado das cidades. Na Era Vargas, intensificou-se a construção de estradas e o consumo de automóveis, fazendo com que as condições mobilísticas fossem ampliadas favorecendo o comércio e a qualidade de vida. No entanto, hodiernamente, o Brasil enfrenta um caótico desequilíbrio entre o crescimento populacional e a mobilidade urbana. Em primeiro lugar, a crise da mobilidade pode ser relacionada à falta de políticas públicas para o desenvolvimento urbano. Isso, devido ao olhar superficial da classe política para com os problemas sociais, fatores como violência, saturação e falta de estrutura em transportes públicos fazem com que ao passo em que as pessoas ascendem socialmente busquem o conforto e a segurança do veículo individual. Essa circunstância válida a pesquisa de Rodrigues, no observatório das metrópoles, em que concluiu que nos últimos anos a população cresceu 12,2%, enquanto o número de veículos elevou-se em 138,6%, apresentando um aumento de veículos 10 vezes maior do que a própria população.  Outro fator, é que o direito de ir e vir presente na Constituição Federal não é efetivamente garantido. De acordo com Rolnik, em entrevista ao site Carta Capital, 41% das viagens realizadas no país não são motorizadas, contudo, as condições de pedestres e ciclistas também encontram-se instáveis, devido a falta de faixas de pedestres e de ciclovias, tendo que enfrentar riscos cotidianos de acidentes no trânsito. Além disso o Brasil não conta com significativas estruturas de acessibilidade, coibindo ainda mais o exercício desse direito para todos os cidadãos.   Torna-se evidente, portanto, a saturação e a falta de estrutura no sistema de mobilidade brasileira. E para que aja atenuação do problema o Governo junto aos Ministérios de infraestrutura e às prefeituras devem investir mais no policiamento em paradas, aumentar o número de frotas de ônibus e metrôs e construir mais viadutos e passarelas. Ademais, é preciso atentar para a disponibilização de mais faixas de pedestres em áreas de muito movimento, ciclovias e acessibilidade efetiva nos transportes públicos. Assim no futuro, o caos da mobilidade urbana começará a ser resolvido no Brasil.