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Enviada em: 25/09/2017

Direito de ir e vir: negado      Os primeiros translados urbanos tiveram início em 1859, com o bonde elétrico, tendo sua ampliação em 1908 com o ônibus movido a gasolina. O advento do capitalismo e da globalização trouxeram consigo a ampliação dos meios de locomoção urbano melhorando – na teoria- o direito de ir e vir do povo. Entretanto, a mobilidade urbana enfrenta grandes desafios como altas tarifas e precariedade dos serviços de transporte público. É inegável que o papel do Estado é imprescindível para a população se deslocar com maior facilidade pelos grandes centros urbanos. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se o constante aumento de tarifas como tentativa do Governo de equilibrar as contas públicas, mas que rompe com o equilíbrio aristotélico uma vez que, a melhoria do transporte coletivo não acompanha seu aumento de custo. Assim, nota-se um substancial prejuízo no direito de ir e vir do cidadão, com trânsito caótico e ônibus de baixa qualidade.     Outrossim, é fundamental destacar as atitudes da população como sendo impulsionadoras do problema. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de uma sociedade agir e pensar. Nesse contexto, percebe-se como ações individualistas constituem a teoria durkheimiana, pois são passadas de pessoa a pessoa e se propagam na população, além de atitudes como depredação de transportes públicos e o uso cada vez maior de carros, que pioram a qualidade da mobilidade e tornam o trânsito ainda mais caótico. Desse modo, nota-se a necessidade de ações coletivas como forma de combate à problemática.     Entende-se, portanto, que os desafios enfrentados pela mobilidade urbana no Brasil são muitos e carecem de medidas concretas para serem combatidos. Para tanto, é preciso que as prefeituras locais invistam em mudanças como interligação de ônibus, metrôs e trens, ampliação da malha cicloviária, compactação de cidades para reduzir deslocamentos e atenuar os engarrafamentos urbanos. Além disso, o Governo pode criar uma parceria com a CONAR e divulgar campanhas nas redes sociais incentivando caronas solidárias e um maior uso de bicicletas, para diminuir a pressão contingencial. Dessa forma, será possível minimizar esse intenso fato social.