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Enviada em: 22/09/2017

Não é difícil lembrar notícias sobre o grave problema dos engarrafamentos em diversas cidades brasileiras. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que, vivemos em uma cidade na qual o trânsito deixou de ser uma realidade apenas das cidades grandes. Nesse contexto, é necessário destacar que o Brasil apresenta consideráveis desafios no que tange a mobilidade urbana, causados, sobretudo, pela falta de políticas públicas que promovam a adoção do transporte público e ausência de incentivo ao uso  de veículos alternativos.    Um dos tópicos que devem ser abordados são as dificuldade enfrentadas na utilização do transporte coletivo. Este fato teve origem na construção do cenário rodoviário brasileiro. O qual foi executado durante o governo de Jucelino Kubitschek e teve como principal objetivo o incentivo a indústria automobilística. Nessa conjuntura, o transporte público foi deixado em segundo plano, fato o qual ainda pode ser observado; problemas como a falta de segurança e valores exorbitantes em passagens contribuem para população priorizar a utilização de automóveis em detrimento de ônibus e metrôs. Do mesmo modo, a falta de investimentos nas infraestruturas desse modais como, por exemplo, ampliação da malha ferroviária, tornam o deslocamento lento e defasado. Dessa forma, é necessário que o Ministério dos transportes crie alternativas que incentivem a adoção desse meio de locomoção.    Ademais, não há dúvidas que a grande frota de automóveis demonstra a inviabilidade da utilização de outros veículos no deslocamento. Um exemplo de transporte bastante utilizado em locais de referência em mobilidade urbana são as bicicleta. Nessa perspectiva, é pertinente destacar a cidade de Amsterdã, na qual  as viagens nesses veículos superam as realizadas em automóveis. Desse modo, é inquestionável afirmar que esse cenário poderia não contribuir na mobilidade urbana brasileira, uma vez que reduziria a utilização dos carros. Porém para isso decorrer é indispensável uma ampliação das vias destinadas a esse transporte, além destas não se restringirem apenas as capitais. Em suma, torna-se evidente a indispensabilidade de investimentos na infraestrutura de vias alternativas.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério dos transportes deve realizar um plano de metas para ampliar a malha ferroviária brasileira, este teria uma duração de 5 anos e levaria novas linhas as principais cidades brasileiras. Dando continuidade, o governo federal em conjunto as prefeituras municipais devem iniciar a construção de ciclovias nas principais rodovias dos municípios, e em incentivo ao uso desse meio de transporte o cidadãos receberiam descontos fiscais na aquisição das bicicletas. Só assim, há a possibilidade de superar os desafios da mobilidade urbana brasileira.