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Enviada em: 06/10/2017

No Brasil, metrópoles avançam na qualidade de vida da população, mas desafios e problemas, como a mobilidade urbana, ainda persistem. A urbanização acelerada é uma característica predominante da organização territorial do Brasil desde 1950, tal cenário ocasionou várias consequências para a conjuntura estrutural do país, dentre elas está a falta de planejamento urbano. Diante disso, é preciso enxergar as problemáticas que esse fenômeno representa à sociedade e propor medidas que as minimizem.          Nesse contexto, é importante salientar que os problemas com a mobilidade urbana gravaram-se nas últimas décadas devido à maior concentração de pessoas nas cidades, a falta de planejamento urbano e ao maior poder de consumo das famílias. Portanto, ao passo que a quantidade de veículos cresceu em uma progressão geométrica, a qualidade dos recursos para atender esse volume automobilístico cresceu em uma progressão aritmética. Notoriamente, tal situação ocasionou um desequilíbrio entre demanda e oferta, uma vez que as vias públicas não garantem fluidez para todos os automóveis.            Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), de junho a julho de 2015, no Brasil foram mais de 160 mil novos carros na rua, cerca de 5.400 carros por dia. Nesse sentido, é cabível enfatizar que, além de serem responsáveis por grandes congestionamentos, os automóveis também são responsáveis por grande parte da poluição nos grandes centros urbanos, tendo em vista que sua principal fonte de energia são os combustíveis fósseis - fonte de energia não renovável produtora gases do efeito estufa, como os dióxidos de carbono e de enxofre.           Diante disso, percebe-se que se houver um planejamento a cerca da mobilidade urbana ela passará de problema à solução. Posto isso, cabe ao Ministério das cidades à orientação de municípios e estados para a construção de planos de mobilidade urbana, elaborado por profissionais a fim de atender as necessidades particulares de cada cidade. Atrelado a esse planejamento, o poder público municipal deve requalificar o sistema de transporte público, posto que o ideal é que o transporte público tenha a qualidade necessária para atender a demanda da população e que seja sustentável para poluir menos e promover mais integração entre os tipos de transporte, como metrô e ônibus. Portanto, cabe à administração pública antever as necessidades e traçar estratégias a fim de garantir o funcionamento adequado das cidades ante a sobrecarga crescente de veículos.