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Enviada em: 23/09/2017

"Governar é abrir estradas". A frase do ex presidente do Brasil Juscelino Kubitschek mostra claramente qual era a estratégia adotada pelo país no século XX. Hoje, mais de 50 anos se passaram desde o seu mandato e a população sofre com os reflexos desse modelo. Nesse sentido, é importante analisar quais as consequências do modelo rodoviarista para a sociedade brasileira.   Em primeiro lugar, é preciso analisar que além do Brasil adotar um modelo rodoviarista no século XX o país estava sofrendo nesse período intensas mudanças com o êxodo rural, promovendo assim, uma maior concentração de pessoas nos centros urbanos. De acordo com o senso demográfico do início dos anos 2000, a taxa de êxodo rural era maior que 20% em relação a população brasileira da época. O que acabou aumentando ainda mais a dificuldade de mobilidade que afeta a população até hoje.   Ademais, é preciso analisar também que com a industrialização brasileira e o passar do tempo a população obteve maior rentabilidade o que possibilitou muitas famílias a adquirirem o seu próprio veiculo aumentando a quantidade de veículos nas estradas. Não só isso, mas também a falta de estrutura dos transportes coletivos e a violência urbana que impossibilita o uso de modais como a bicicleta, contribuíram para a situação em que muitos centros urbanos enfrentam hoje. Como por exemplo, São Paulo, onde a população perde o equivalente a 45 dias do ano no transito.  Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para amenizar a problemática da mobilidade urbana no país. É importante o Estado regularize e fiscalize os transportes coletivos afim de promover maior qualidade no transporte dos passageiros. Além disso, é necessário que o Governo Municipal promova a segurança pública para que as pessoas possam circular em bicicletas ou em outros modais mais ecológicos. Só assim, será possível usar o modelo que foi adotado por Juscelino Kubitschek em favor da mobilidade, possibilitando as pessoas maior conforto e segurança no transporte.