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Enviada em: 04/10/2017

Devido a insuficiente disponibilidade e a má qualidade dos transportes coletivos, muitas pessoas optam por se deslocar em veículos individuais. Tal realidade, tem ocasionado um inchaço na malha viária, prejuízos econômicos e desgastes emocionais. Posto que, a difícil locomoção nos meios urbanos, aumenta as distâncias e diminui a qualidade de vida da população.   A herança da política rodoviarista ,implantada por J.K, criou um modelo de consumo - incentivado pelo Governo e vantajosamente aproveitado pela indústria automobilística - em que cada indivíduo tem que possuir seu próprio carro. No entanto, as consequências advindas desse modelo impactam negativamente a rotina das grandes cidades. Visto que, a circulação diária de pessoas nos centros urbanos e o número de carros que as rodovias suportam são incompatíveis.     Enquanto um automóvel comum consegue levar até quatro pessoas, um ônibus ,com pouco mais que o dobro do tamanho do carro, transporta mais de sessenta pessoas. Todavia, a superlotação dos veículos coletivos, a violência e o desconforto são fatores que desestimulam essa escolha..    Outro aspecto importante é o tempo despendido no trânsito. Seu impacto no setor econômico vai desde o atraso no abastecimento e entrega de bens de consumo até a perda de mercadorias perecíveis durante o trajeto. Além disso, outro agravante é o estresse ocasionado pelos engarrafamentos, responsável por  grande parte dos acidentes, pela diminuição do rendimento no trabalho e pelo desenvolvimento de inúmeros problemas de saúde. O que evidencia a importância do planejamento e do investimento em mobilidade urbana no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida das cidades.    Nessa perspectiva, cabe ao Governo, por meio do Ministério das Cidades, trabalhar em conjunto com as prefeituras dos grandes centros urbanos, investindo na ampliação e renovação da frota de ônibus, implantando mais corredores exclusivos para esse transporte, além disso, criar rotas alternativas para mercadorias, como a construção de ferrovias  para o escoamento eficaz dos alimentos perecíveis, diminuindo a quantidade de caminhões no trânsito e desafogando o tráfego. Ademais, a implantação de meios de locomoção não motorizados, como as ciclovias, e o incentivo ao uso desses através de rankings onde os destaques sejam premiados mensalmente, pode contribuir para uma mudança de mentalidade. Dessa forma, menos tempo será desperdiçado no trânsito e mais pessoas poderão ter acesso à cidade sem perder seu bem-estar e comodidade, contribuindo assim, para uma cidade mais saudável.