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Enviada em: 30/09/2017

O processo de urbanização no Brasil, ocorrido inicialmente no século XX, trouxe a necessidade de uma infraestrutura cada vez melhor em função do grande deslocamento de pessoas do meio rural para os centros urbanos. Contudo, esse fenômeno gerou um crescimento acelerado que, aliado à falta de planejamento ocasionou a precariedade da mobilidade urbana. Nesse sentido, três aspectos fazem-se relevantes - a precariedade dos transportes públicos, os incentivos do governo ao automóvel e a herança histórica da política rodoviarista do país.       A má qualidade dos transportes públicos é um mal que assola o direito de ir e vir do cidadão, pois o fato de enfrentar a superlotação atrelado ao alto preço da tarifa que sobe constantemente provoca na população o descontentamento; uma vez que, apesar de sofrer com a precariedade desses transportes, é obrigada a desembolsar parte de seu salário para se locomover de casa para o trabalho.        Outrossim, tem-se a questão da concessão progressiva de crédito ao consumidor, que por sua vez vem contribuindo cada vez mais com o crescimento do número de automóveis. De acordo com dados do Observatório das Metrópoles, o aumento no número de veículos automotores no Brasil é 10 vezes maior do que o aumento da população. Nesse contexto, a explosão no uso de automóveis, consequentemente afeta a qualidade de vida nas metrópoles, visto que  o excesso de veículos nas ruas gera não só a poluição, como também mais acidentes.       Por outro ângulo, tem-se a baixa diversificação dos modais de transporte, levando em conta o fato do Brasil ter investido fortemente na malha rodoviária, ao longo do século XX. De acordo com dados do governo federal, o Brasil detém apenas cerca de 13% mil quilômetros de rodovias pavimentadas.