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Enviada em: 24/09/2017

Problemas em quatro rodas   Contígua à queda do absolutismo, surge a burguesia que enriquecera com sua incontrovertível capacidade criativa nos negócios. Por conseguinte, com o êxito das Revoluções Industriais e do capitalismo, o ambiente citadino passa a expandir-se enquanto se distancia cada vez mais de seu centro. Com isso, o grande contingente demográfico formado, principalmente pelo êxodo rural, incita, novamente, à criação de novas tecnologias de premência que possibilitem seu transporte. Destarte, a despeito do supracitado, faz-se necessário analisar os desafios encontrados acerca da mobilidade urbana no Brasil atualmente.   Dissemelhante aos países desenvolvidos do sul geográfico, o Brasil, pelo seu rápido, porém tardio, crescimento industrial, fora incapaz de evitar a periferização de sua parcela populacional mais pobre. A dependência deste grupo por transportes públicos, atualmente estigmatizados e deteriorados, causou um efeito de “status quo” dos veículos próprios, uma vez que, em sua maior parte, ônibus e metrôs superlotados parecem abandonados à própria sorte, em carência de subsídios do Governo para melhorias técnicas e de bem-estar.    Ademais, atrelado ao seu processo de industrialização e bom desenvolvimento socioeconômico, o estado de São Paulo, sobretudo sua capital, continua a inspirar pessoas e a ser rota de imigração. Todavia, adjacente ao imbróglio causado pela ilusória insídia de enriquecimento, as ruas paulistanas sofrem, hoje, tanto pela saturação demográfica quanto pelos seus 8 milhões de veículos em circulação, segundo o site G1.Globo. Dessa forma, é fácil depreender-se que tal cifra excede a capacidade da cidade de comportar tantos automóveis em horários de pico, ao averiguar-se seu caótico trânsito e congestionamento que, vez ou outra, ultrapassa horas de espera.    Portanto, mediante tais fatos expostos, consoante à afirmação de John Locke, autor iluminista que corroborou com a ascensão burguesa, de que as ações dos homens são interpretes de seus pensamentos, é da alçada do Governo Federal ações paliativas que justifiquem o poder democrático, por meio do desenvolvimento da mobilidade urbana. Uma vez que no meio da dificuldade se encontrava a oportunidade, a criação de novas rotas para metrôs, a exemplo de Nova Iorque que possui uma rede encobrindo quase toda a cidade, por meio do bom uso dos impostos destinados exclusivamente a esse setor, desinchar-se-ia as ruas, facilitando a mobilidade em cidades grandes, além de gerar empregos. Além disso, a manutenção dos veículos amenizaria o desconforto pelas numerosas trocas de veículos no deslocamento casa-trabalho-casa.