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Enviada em: 23/09/2017

Engarrafamentos, trânsito caótico, acidentes e transportes públicos de baixa qualidade são alguns dos fatores que constituem o desafio da mobilidade urbana nas cidades brasileiras. Uma das causas se deve a urbanização que ocorreu de maneira rápida e desorganizada, com políticas públicas que preteriam o ferroviarismo, valorizando o rodoviarismo. Desse modo, os municípios não conseguem superar as consequências explícitas dessa falta de planejamento, mas é fundamental modificar este quadro. A mobilidade urbana interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades, dificultando o direito de ir e vir da população. É cada vez mais comum ficar parado no trânsito, isso além de ser perda de tempo, interfere na qualidade de vida. E, na lógica capitalista a qual rege a sociedade, perder tempo é perder dinheiro. Dados do IBGE apontam que esse desperdício gera um prejuízo de cerca de 62,1 bilhões de reais por ano aos cofres públicos. Devido aos intensos investimentos no modal rodoviário e a facilitação do crédito na compra de automóveis houve uma "explosão" no uso de carros, o que afetou a qualidade de vida, principalmente nas metrópoles. Como resultado, as já superlotadas vias públicas não conseguem garantir a fluidez para todos os veículos. Logo, para essa situação mudar, é preciso que os municípios em parceria com as empresas de ônibus que prestam serviços às populações, melhorem a qualidade do transporte público. É interessante ampliar o rodízio de veículos nas localidades que adotam o sistema e implementá-lo em outras cidades. Por fim, por meio das parcerias público-privado integrar os diferentes sistemas, interligando ônibus, metrô, trens de superfície, ciclovias e áreas para estacionar bicicletas, carros e motocicletas. Tais medidas desobstruirão o trânsito e tornarão as cidades mais eficientes.