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Enviada em: 03/10/2017

O artigo 5º da Constituição Federal de 1988 trata das garantias e direitos fundamentais que cada cidadão dispõe, nele está prescrito o direito de ir e vir do indivíduo. Nesse contexto, entende-se por mobilidade urbana, as condições de deslocamento da população no espaço geográfico das cidades. Contudo, grandes são os entraves a respeito dessa transição. Diante disso, se torna passível de discussão os desafios enfrentados pela mobilidade urbana.      No que se refere à problemática em questão, pode-se tomar como primeiro ponto a ser ressaltado a falta de infraestrutura das cidades. A partir da década de 50 o Brasil iniciou um acelerado processo de urbanização, onde grande parte de seus habitantes migraram para grandes centros, gerando assim, um grande e desordenado crescimento populacional. Consequentemente, tal situação gerou cidades incapazes de oferecer boas condições para o trafego.      A má estrutura dos transportes públicos também se mostra como fator relevante no que concerne a deficiência na locomoção. A falta de um transporte público seguro, confortável e rápido contribui para o crescimento no número de carros particulares. Entretanto, essa alternativa obstrui o transito gerando engarrafamentos quilométricos que oprime e torna milhões de brasileiros reféns de um trânsito cada vez mais caótico.      Ademais, é importante salientar que essa desestrutura dos meios de condução também dificulta a locomoção de idosos, analfabetos e portadores de necessidades especiais causando a marginalização dos mesmos. Deficientes visuais, por exemplo, dependem da prestatividade de pessoas para que indiquem o momento que devem pedir parada, geralmente, pedem ajuda a motoristas e cobradores, estes muitas vezes por estarem focados em suas funções esquecem do alerta, dificultado assim, a inclusão desse grupo.       Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. É necessário que o Governo invista na manutenção e aprimoramento desses veículos. Devem ser postos sinalizadores sonoros para alertar os passageiros sobre as próximas paradas auxiliando, então, todos os usuários. Cabe também ao Estado investir em projetos de mobilidade urbana com BRTs (Transporte Rápido por Ônibus) e ciclovias. Além disso, é importante a realização de campanhas midiáticas que incentivem a utilização de coletivos e alternativas não motorizadas em detrimento de veículos particulares.