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Enviada em: 25/09/2017

Henry Ford popularizou o automóvel através racionalização do sistema de produção, porém, não pode prever os efeitos negativos que seus carros provocariam a longo prazo nos ecossistemas e populações.    Os veículos proporcionam conforto, encurtam distâncias e aceleram a economia, todavia, precisam de modificações na infraestrutura das cidades para seu manejo. Seu uso se torna paradoxal em cidades superpopuladas e antigas, construídas antes da criação dos carros, onde coabitação de fato, se mostra prejudicial tratando de saúde, infraestrutura e segurança.  Nesse contexto, alguns fatores precisam ser considerados: a saúde e qualidade de vida humanas declinaram diante da emissão catastrófica de 70 milhões de toneladas de CO2  anuais emitidos por motores movidos a combustíveis fósseis, acentuada 192% em dez anos de acordo com relatório do IEMA. O agravamento do efeito estufa atmosférico e aumento de doenças do trato respiratório, cardíacas e oculares que se tornaram crônicas na população. Além acidentes de trânsito -  superlotando o SUS já sucateado -  e que, de acordo com estudo da ONG segurança no trânsito, gastam 56 bilhões do dinheiro público anualmente e tem 90% dos ocorridos relacionados a condutores por imperícia, outrossim, poderiam ser evitados.   A falta de espaço também configura uma adversidade, pois o tráfego em todo país colapsa nos horários de pico, já que a malha viária nacional não suporta os 45,4 milhões de automóveis que aumentaram 119% em dez anos, e a malgrado, subsiste um carro para cada 4,4 habitantes, ampliando a problemática da verticalização sem planejamento nos centros, avultando os transtornos já existentes.    O Brasil, como no manifesto antropofágico de Oswaldo de A, deveria "devorar" os exemplos estrangeiros com autonomia; e assim como a capital Parisiense, banir dos centros os carros poluidores. Implementando políticas públicas de transportes coletivos sustentáveis, alternativas individuais limpas e híbridos movidos a energia alternativa, visando uma mudança de atitudes para mudar o resultado caótico do desenvolvimento futuro.