Materiais:
Enviada em: 01/10/2017

A  nova peste      Historicamente, quando unem-se os povos, antes separados em feudos, acontece a formação das primeiras cidades durante o Renascimento Urbano e, com ele, a lamentável peste negra. Analogamente, o crescimento descontrolado das atuais metrópoles passam por uma nova "peste", a estressante e poluente mobilidade urbana. Com isso posto, sabe-se que os agravantes desse caos estão respaldados na precária rede de transporte público, que alimenta a tendência em individualizar os automóveis, além da ausência de um planejamento viário digno.     A priori, sabe-se que a produção em massa de automóveis durante o século XX, sustentada pelo modelo fordista de produção, vai de encontro ao péssimo planejamento da malha viária metropolitana. Ocasionando, dessa forma, um prejuízo na qualidade de vida, gerado por um estressante desperdício de tempo nos percursos; além do crescente e preocupante prejuízo ambiental causado pelos meios de transporte poluentes.       A posteriori, o falho imediatismo proposto por Juscelino Kubitschek no desenvolvimento das rodovias afeta quem necessita realizar o desgastante movimento pendular diário entre cidades. Paralelamente, quem realiza esses movimentos, na maioria das vezes se submetem à precária rede pública de transporte - que ainda provoca, por conseguinte, o lamentável uso excessivo de veículos particulares. Assim sendo, mesmo provocando sérias perturbações no meio social, à "nova peste" cabe uma mudança.      Para tanto, é dever dos Poderes Executivos Municipais implantar faixas exclusivas para transporte público coletivo, além de um melhor planejamento viário em futuros bairros, visando um progresso na qualidade de vida. Simultaneamente, convém uma mediação do Estado, por meio do CONTRAN (conselho nacional de trânsito), através do revesamento de placas automotivas, junto a possíveis duplicamentos em rodovias. Assim, é indubitável que essas medidas a médio e a longo prazo amenizariam as questões ambientas e sociais no que tange à mobilidade urbana.