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Enviada em: 02/10/2017

O governo de Juscelino Kubitschek, compreendido entre os anos de 1956 a 1961, marcou o início da expansão das rodovias no Brasil e a subsequente entrada das indústrias estrangeiras do setor automobilístico. Entretanto, a hegemonia da esfera rodoviária perdura nas cidades hodiernas, o que atrelado ao crescimento das metrópoles e da população leva a dificuldades no que tange à mobilidade urbana. Dessa forma, cabe refletir acerca das causas desse problema e de que forma ele se reflete na sociedade brasileira.  Em primeiro lugar, o predomínio do modal rodoviário no país é alimentado por políticas de incentivo ao crédito na compra de automóveis. Com isso, somado ao símbolo de status proporcionado por essas aquisições, torna-se cada vez mais obstada a expansão de outras opções de deslocamento. Ademais, a preferência pelo uso de transportes coletivos caracteriza-se como um meio de fuga aos coletivos em situação precária e superlotados.    Além da problemática supracitada, outro fator que representa um entrave à mobilidade é o escasso número de ciclovias e sua construção precária, além do não respeito de outros motoristas às mesmas. Prova disso são levantamentos do Ministério da Saúde, que apontam em média 32 ciclistas internados por dia devido a acidentes. Assim, cidadãos se vêem obrigados a utilizar outros meios de transporte pela questão da falta de segurança.  Posto isso, para que seja combatida a história hegemonia dos automóveis visando-se melhorias na mobilidade, o Ministério dos Transportes, conjuntamente com o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), deve mostrar-se atuante. Por intermédio da melhora das condições dos transportes públicos coletivos e das ciclovias, têm-se uma maior parcela da população agraciada e diminuída a saturação do tráfego urbano. Outrossim, a criação de políticas públicas que estimulem o uso de programas de carona solidária, como descontos em postos de gasolina, é uma medida a longo prazo que viabilizará significativos avanços. Dessarte, os frutos de investimentos estrangeiros na história do país não serão mais um obstáculo à priorização do indivíduo e não do automóvel.