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Enviada em: 25/09/2017

Getúlio Vargas, considerado o pai dos pobres e a mãe dos ricos, não só tratou de incentivar a entrada das multinacionais automobilísticas no Brasil, mas também de garantir que o máximo de pessoas tivessem o acesso a um carro novo. Todavia, ainda que na época parecesse uma boa proposta, percebe-se que esse incentivo deu o pontapé inicial para os desafios da mobilidade urbana, os quais, hodiernamente, diminuem, paulatinamente, a qualidade de vida dos brasileiros.      A princípio, o automóvel veio com a proposta de facilitar a vida das pessoas, contudo, com o enorme contingente dessa tecnologia, o trânsito se tornou caótico. Nesse âmbito, a infraestrutura urbana - a qual foi desenvolvida na presidência de Vargas e, posteriormente, de Juscelino Kubitschek - é incapaz de cumprir seu objetivo. Ou seja, devido à organização majoritariamente rodoviária e ao incentivo fiscal, por meio da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, os engarrafamentos se tornaram comuns nas grandes cidades, fazendo os motoristas se estressarem constantemente.      Concomitantemente ao trânsito, a pujante emissão de gases na atmosfera diminui a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde da população. Essa realidade é, aliás, consequência do grande número de automóveis com somente um passageiro, uma vez que a produção de dióxido de carbono desses veículos poderia transportar quatro, senão cincos, passageiros. Como consequência, essa poluição atmosférica pode, entre outras ocorrências, aumentar o número de chuvas ácidas ou, não obstante, de problemas cardiorrespiratórios e ulcerações cutâneas.      Fazem-se, portanto, necessárias medidas que diminuam as consequências desses desafios da mobilidade urbana. Para tanto, o Ministério dos Transportes deve estruturar projetos que viabilizem a construção de novas vias de transportes públicos, como trens e ônibus, a fim de diminuir a quantidade de automóveis com somente um passageiro nas ruas. Não obstante, ele deve criar ciclovias e até mesmo promover incentivos fiscais àqueles que utilizem as bicicletas como principal meio de locomoção. Outrossim, cabe ao Governo Federal instituir à indústria automobilística um limite quanto à emissão de gases poluentes nos carros a serem produzidos. Destarte, os carros atuais, aos poucos, serão substituídos por carros mais ecológicos, melhorando, assim, a qualidade do ar atmosférico.