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Enviada em: 25/09/2017

"Você pode ter qualquer carro, deste que seja um Ford T preto". O slogan da Ford, durante a segunda revolução industrial, marcava o inicio da popularização dos veículos automotivos no ocidente. Entretanto, atualmente, percebe-se que a sociedade, o meio ambiente e a estrutura das cidades nunca estiveram condicionados a recepcionar com eficiência essa nova tecnologia. Nesse contexto, convém analisarmos as principais consequências dessa problemática.             Em uma primeira abordagem, é importante pontuar os efeitos sociais referentes à questão da mobilidade urbana no Brasil. Dentre eles, o estresse, a insatisfação e o cansaço promovido aos motoristas e aos passageiros, que perdem inúmeras horas do seu dia enfrentando engarrafamentos repletos de poluição sonora e completa desordem, chegando atrasados aos seus locais objetivos. Dessa forma, nota-se que a qualidade de vida da população brasileira é fortemente abalada com esse problema.        Em uma bordagem mais aprofundada, deve-se destacar os impactos de cunho ambiental frente ao excesso de automóveis nas vias urbanas do Brasil. Segundo estatísticas levantadas pela ONU, quase 20% das emissões de dióxido de carbono (gás estufa) à atmosfera é proveniente dos meios de transporte movidos à combustão. Nesse sentido, percebe-se que a produção descontrolada desses veículos, como feita no passado pela Ford, contribui não só com a imobilidade urbana, como também com o desequilíbrio térmico do planeta, afligindo nichos e habitats de diversas espécies, incluindo a humana.       Fica claro, portanto, que o tráfego excessivo e irregular de veículos no Brasil afeta não só o tecido social brasileiro, como também o meio ambiente. Sendo assim, o governo estadual, junto às empresas privadas de transporte coletivo, com o intuito de atrair uma maior parcela da população e, consequentemente, reduzir o fluxo de veículos privados nas vias urbanas, devem modernizar os ônibus, através da instalação de sistemas de refrigeração, de assentos confortáveis e capazes de atender passageiros sob condições especiais, além de câmeras de segurança e redes de conexão com a internet. Assim, teremos uma sociedade mais ecológica e que sofre menos com a questão da mobilidade nos centros urbanos do país.