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Enviada em: 25/09/2017

Durante o governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, foram colocadas em prática uma série de medidas para acelerar a industrialização do Brasil, tais quais o estimulo a indústria automobilística e a construção de rodovias. Entretanto, ao observarmos a atual conjuntura, fica claro que essa não foi a melhor escolha, visto que a falta de mobilidade nos grandes centros, aliada aos efeitos de uma sociedade de consumo, estão gerando problemas sociais, ambientais e na saúde das pessoas.   Destarte, cabe salientar as consequências para essa escolha no caso brasileiro. De acordo com o filósofo pré-socrático Parmênides, a natureza se comporta de forma estática e imóvel, analogamente, pode-se verificar que o conceito do filósofo se faz presente ao avaliarmos a situação caótica do transito nas grandes metrópoles. Tal problemática se deve ao crescente número de veículos nas ruas, gerados por uma sociedade de consumo. De acordo com a revista Terra, a venda de carros cresceu 9,8% no primeiro trimestre de 2017, evidenciando a forma como o sonho do carro próprio pode prejudicar a convivência em no meio urbano.    Ademais, cabe salientar os problemas ocasionados a espécie humana pelo aumento de veículos nas ruas. Além de problemas causados pela dificuldade em se locomover, como o stress, ansiedade e até mesmo depressão, o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera- liberado em sua maioria por carros- é responsável pela maioria dos problemas cardiorrespiratórios causados a quem vive no espaço urbano. Prova disso, é que de acordo com a OMS a poluição do ar causa 5,5 milhões de mortes por ano, evidenciando a urgência da solução dessa problemática.  Porquanto, o aumento em ppm de gases estufa, não gera somente problemas diretos a saúde humana, mas também agrava fenômenos morfoclimáticos. O aumento da concentração desses gases é responsável por fenômenos como o aquecimento global, el niño, derretimento das calotas polares e a extinção de varias espécies fundamentais para manutenção da homeostase na terra. Evidenciando, a forma como o aumento na frota de veículos prejudica a natureza.   Destarte, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Cabe ao governo, fornecer incentivos para a adoção do transporte público, tais quais, fornecimento de incentivos fiscais e isenção de impostos, para que o preço da passagem possa diminuir, e a infra-estrutura possa melhorar, incentivando a adoção desse tipo de transporte. Em segunda instância, pode-se criar ciclovias, visando fornecer ao cidadão escolhas para a sua locomoção, e diminuir a incidência de veículos nas ruas, diminuindo assim a poluição e a superlotação de carros. Só assim, garantiremos o brasil justo, onde seja valido a todos o direito de ir e vir.