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Enviada em: 17/10/2017

Aumento nas tarifas; Superlotação; Veículos sem manutenção; Acessibilidade precária; Trânsito caótico. No Brasil, a Constituição Federal garante o direito de ir e vir de seus cidadãos, entretanto, a mobilidade urbana no país apresenta diversas falhas no que se diz respeito à qualidade dos serviços oferecidos. Nesse sentido, percebe-se a urgência em sanar a insatisfação das pessoas dependentes desses meios de transportes.    Primeiramente, é possível apontar que a insatisfação da população com o transporte público contribui com o crescimento ascendente do número de conduções particulares nas ruas, já que a população insatisfeita enxerga vantagens em um meio de transporte próprio. Segundo estatísticas da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, cerca de três milhões de passageiros deixam de usar o ônibus como transporte público diariamente no país. Entretanto, cabe ressaltar, que essa alternativa promove um transito caótico com engarrafamentos quilométricos, pois mesmo os grandes centros não estão devidamente estruturados para suportar esse grande fluxo de carro e motos e ônibus.   Além disso, a insuficiência da mobilidade urbana afeta a população em vários níveis, chegando a provocar, por exemplo, males advindos do estresse, segregação e acidentes. Isso acontece porque não há conforto nem comodidade nos veículos que na maioria das vezes estão superlotados e as viagens duram períodos cada vez mais longos. Essa realidade aponta uma necessidade na alteração dessa problemática que afeta milhões de brasileiros diariamente.    Fica evidente, portanto, a urgência na alteração do cenário da mobilidade urbana brasileira. Nesse sentido, faz-se necessário que o governo aplique efetivamente as verbas destinadas ao transporte público na sua manutenção e acessibilidade, bem como a pavimentação, iluminação e sinalização de grandes centros urbanos que comportam grandes fluxos de veículos. Cabe também à sociedade se atentar do que é seu por direito e que a Constituição assegura, reivindicando e exigindo de seus governantes meios de locomoções dignos, justiça nas taxas e prestações dos serviços, não se esquecendo do que as manifestações como a “Manifestação dos 20 Centavos” representam, por exemplo.