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Enviada em: 26/09/2017

Conforme Adorno e Horkheimer, o sistema capitalista, através da Indústria Cultural, implanta a necessidade de consumo na pessoas. Sendo assim, o capitalismo não vende apenas produtos, mas sim uma pseudo-felicidade que desperta um desejo compulsório de consumo. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o crescente consumo de automóveis encaixa-se na teoria dos filósofos e causa diversas problemáticas no trânsito.          É indubitável que a precariedade dos transportes coletivos é a principal razão da falta de mobilidade urbana, haja vista que a necessidade de locomoção nas metrópoles brasileiras é constante - a migração pendular, por exemplo, ocorre quando o indivíduo desloca-se de sua cidade dormitório para grandes centros urbanos, com o propósito de trabalhar ou estudar. Geralmente, os meios de deslocamento públicos estão sempre lotados e não possuem horários flexíveis. Portanto, esses fatores, combinados com o incentivo ao consumo, favorecem a compra de automóveis.              Outrossim, a herança histórica da política rodoviarista do país é outro grande fator motivador do tráfego. Uma vez que, a presença de veículos pesados, como caminhões, aumenta progressivamente e prejudica a fluência do trânsito. Ademais, a concentração de investimentos nesse setor, advinda do período de regime Militar, impede que as verbas sejam investidas em ferrovias, por exemplo.           Destarte, visando aliviar esse contexto alarmante, é a necessária a participação ativa do Ministério dos Transportes na definição de políticas de investimentos em ferrovias e hidrovias, visando a implementação de transportes alternativos aos rodoviários. Esse, ainda, em parceria com meios de comunicação de massa, deve criar campanhas de incentivo ao uso de bicicletas, ressaltando seus benefícios para a saúde e meio ambiente, e construir ciclovias. Assim, a mobilidade urbana poderá ser mais eficiente.