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Enviada em: 26/09/2017

O zumzumzum das cidades       O termo mobilidade urbana refere-se ao deslocamento da população dentro do espaço geográfico delimitado pela cidade e tem sido utilizado no processo de críticas ao excessivo trânsito criado por carros, pedestres, ônibus, caminhões, entre outros. Com a corroboração do projeto sustentável na Constituição Brasileira Cidadã, o dever de se preocupar com a menor emissão de gases poluentes parece estar longe de se tornar realidade, já que os transportes alternativos são os últimos colocados na preferência pela locomoção nas principais cidades do país.        Atualmente, o excesso de veículos rodoviários no espaço público tem alterado a paisagem das ruas e avenidas, que estão sempre cheias e congestionadas. Esse fato possui origem em diversas razões, entre elas o incentivo ao uso do transporte individual (carros e motos) em detrimento do transporte público, iniciado durante a década de 50 no projeto desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek. Hoje, a redução dos impostos sobre o produto e a concessão de crédito facilitado têm atraído a população brasileira a optar pelo traslado particular.        Além disso, a precariedade dos transportes públicos com a falta de conforto, superlotação e mau atendimento  contribuem para a preferência por outros meios. Entretanto, esses meios privativos aumentam a emissão de gás carbônico, contribuindo para a intensificação do efeito estufa e o aquecimento global. Ademais, a concentração de veículos contribuem para a formação das ilhas de calor, fenômeno responsável pelo aumento das temperaturas nos aglomerados urbanos, prejudicando as condições de saúde da população.       Outrossim, o investimento em rodovias desde o início da industrialização fez a malha ferroviária permanecer estagnada, desprezando-se seu benefício em transportar maior número de pessoas em menor tempo e a ausência de ciclovias em todas as ruas impossibilita o transporte seguro.       Com base nos fatos apresentados, é imprescindível a criação de projetos que alterem a condição atual sobre mobilidade nos principais centros urbanos. Dessa forma, órgãos do governo e o Ministério do Transporte devem trabalhar juntos a fim de contribuir para a diversificação dos modais de transporte, tais como os trens, metrôs e bicicletas, com o objetivo de não só reduzir o lançamento de poluentes, como também contribuir para um menor tempo de deslocamento dos cidadãos. Além disso, as propagandas temáticas em todas as mídias seria de fundamental importância para promover uma conscientização popular, alertando-os para os problemas e riscos que a (i)mobilidade urbana pode causar e mobilizando-os a buscar meios alternativos.