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Enviada em: 28/09/2017

O Brasil, a partir do modelo desenvolvimentista de Kubitschek, que consolidou o rodoviarismo, já apresentava sinais de que, em um futuro próximo, as pessoas sofreriam graves situações no trânsito das grandes cidades. Os Cidadãos, atualmente, estão sofrendo esses impactos, que se agravam devido ao precário transporte público.    De início, convém lembrar quais são as causas e consequências da precária "locomoção" estatal. A maioria dos transportes públicos são empresas privadas que prestam serviço ao Governo, que se estabeleceram através de um contrato, feito sem transparência e, algumas vezes, que duram até 20 anos, garantindo o monopólio do setor e do preço a determinadas empresas, fazendo com que não haja nenhum incentivo de melhorar o serviço ou colocar o custo da passagem acessível ao indivíduo, pois esse não possui influência sobre a empresa, já que, sobre tais circunstâncias, ele não é um cliente, mas sim um simples usuário, negligenciando, desse modo, o transporte coletivo e fazendo com que o povo de preferência a locomotiva singular, que se utilizada em larga escala pode gerar problemas como: aumento de engarrafamentos, dificuldade de circulação, poluição sonora e alta nos acidentes nas estradas.    Porém, há quem diga que o problema estaria resolvido se o governo criasse estatais e passasse a controlar o sistema de transportes coletivos, mas, não existe garantias de que essa tese funcione. A decisão tomar uma medida ou criar algo de forma centralizadora como meio para acabar com um grande problema é utópica, pois indivíduos possuem diferentes necessidades e vontades acerca de um serviço, logo, é impossível investir em algo que atenda aos cidadãos de maneira igualitária e satisfatória.    Fica nítido, portanto, a existência de desafios acerca da mobilidade urbana, entretanto, eles podem ser resolvidos desde que a sociedade tome as decisões corretas. De início, a prefeitura das grandes cidades poderia aumentar o número de ciclofaixas, construindo-as longe de grandes estradas, o que diminuiria o risco de acidentes, além de proporcionar outro modal de transporte ao povo. O Estado poderia quebrar o monopólio de transporte coletivo, dando, assim, liberdade a outras empresas e, pouco a pouco, aquelas que não satisfazerem as necessidades dos clientes serão eliminadas do mercado pela concorrência, permanecendo, então, as companhias que realmente prestam serviços úteis aos brasileiros e tem a sua aprovação.