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Enviada em: 28/09/2017

A mobilidade urbana no Brasil tem passado por sérios problemas nos últimos anos, haja vista as dificuldades de locomoção enfrentadas no dia a dia daqueles que trabalham. Isso se evidencia pelo aumento do número de veículos nas ruas em consonância com a má qualidade do transporte público na maioria dos grandes centros urbanos brasileiros. Nesse sentido, convém discutirmos sobre os principais desafios da mobilidade urbana em nosso país. Relativo à quantidade de carros nas cidades, é possível verificar que o aumento do poder aquisitivo da população, aliado às medidas de facilitação ao crédito impostas pelo governo para compra de automóveis, fez com que o número de veículos disparasse. Dados do Detran-PR estimam cerca de 1,5 habitantes para cada veículo emplacado no município de Curitiba, evidenciando o carro como um meio de transporte egoísta e principal responsável pela formação de congestionamentos nas cidades. A explicação para o elevado número de veículos nas ruas está relacionada à má qualidade do transporte público. A superlotação dos ônibus e a demora das viagens faz com que a população prefira o uso de automóveis particulares para a locomoção diária, devido ao maior conforto e praticidade que o carro proporciona. Frequentemente administradoras do transporte coletivo em todo o país informam a constante queda do número de passageiros, demonstrando a baixa atratividade deste meio de transporte em comparação aos carros. Dessa forma, fica evidente a necessidade de certas medidas para a melhora da locomoção diária nos centros urbanos. O governo, através do Ministério das Cidades, deve investir em novas modalidades de transporte, como veículos sobre trilhos suspensos - que não são afetados pelo trânsito e possuem maior capacidade de passageiros -, de modo a fornecer um transporte público mais rápido e de qualidade, e que torne mais atrativo para a população o uso do transporte compartilhado em comparação aos veículos automotores.