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Enviada em: 28/09/2017

Quando implantou a política dos 50 anos em 5, Juscelino Kubitschek, ignorando o planejamento no futuro e visando ao grande lucro empresarial, trouxe ao país o modelo rodoviário. A dependência nesse modal de trasporte, atualmente, é o maior desafio para a sociedade brasileira, que enfrenta grandes engarrafamentos e muita poluição. Nesse sentido, torna-se necessária a reflexão das principais barreiras que impedem a busca de soluções para o transporte nas cidades.       Antes de tudo, cabe ressaltar que o Estado incentivou a prática do transporte individual. Em 2011, o Governo Federal reduziu o imposto sobre os produtos industrializados. Essa medida visou o aumento da produção automobilística e criação de empregos. Porém, o aumento da frota de automóveis no dobro do inicial, segundo Observatório das Metrópoles, está causando a diminuição da qualidade de vida e o aumento da poluição. Essa ação do governo demonstra a preferência do transporte individual em detrimento do coletivo.       O problema, no entanto, não se resume ao pouco investimento no modal coletivo mas também à grande burocracia que as empresas desse ramo enfrentam. Segundo o Tribunal de Contas da União, as licitações para escolha de quais empresas assumem as linhas de ônibus, em média no Brasil, demoram de 180 a 270 dias. Essa demora objetiva a transparência no certame, mas diminui o incentivo de capital por essas empresas em novas infraestruturas e projetos.       Fica claro, portanto, que a prioridade ao modelo individual pelo Estado aliado com sua grande burocracia ainda traz entraves à mobilidade urbana. Para que isso mude, a revogação pelo Poder Legislativo de artigos da lei de licitações e contratos que limitam a livre concorrência é necessária, e  também a liberação de crédito pelo Poder Executivo para empresas e microempresas que tenham projetos para um transporte coletivo e sustentável. Talvez assim, os 45 dias perdidos no trânsito por ano,em capitais nacionais, possam finalmente serem vividos.