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Enviada em: 10/10/2017

No século 20 e no início do século anterior, o Brasil era um país cuja economia era agrária, porém isso mudou a partir da chamada "política desenvolvimentista", de Juscelino Kubitschek, que incentivava a imigração para as cidades e cultivava nas pessoas o sonho de viver nas mesmas. Em cerca de 30 anos apenas, tendo como causa o chamado êxodo rural, a população total brasileira, pela primeira vez, passou a se concentrar mais nas cidades. Logo, as cidades começaram a receber uma carga de gente muito maior do que suportavam e por isso as mesmas hoje são chamadas, pelos estudiosos de demografia, de cidades não planejadas, pois comportam muita gente e a infraestrutura, que é muito pouca ou improvisada, acaba por atrapalhar a perspectiva e qualidade de vida das pessoas. Obviamente esse é o caso de diversas situações como, por exemplo, a mobilidade urbana no Brasil.      Faz-se necessário lembrar que os países com melhor qualidade de vida, geralmente os europeus, adotaram, em sua maioria, o transporte baseado em ciclovias. Afim de checar o impacto das bicicletas na economia europeia, a EFC (European Cyclists' Federation) encomendou um estudo científico sobre o tema e pôde-se concluir a partir dele que: o número de empregabilidade é 3 vezes maior que o do setor de automóveis, no geral, já na economia local o comércio é fortalecido, pois ciclistas o visitam mais vezes. Por fim, a Europa é beneficiada em cerca de 205 bilhões de euros por ano.       Já no Brasil a situação é inversa, apesar de 83% dos paulistanos estarem dispostos a trocar carros por condução pública, segundo o IBOPE inteligência, os mesmos, porém, queixam-se da qualidade do transporte e assim não acham viável a troca. Enquanto isso, no trânsito das cidades, engarrafamentos causam estresse e brigas, ciclistas não tem espaço para locomoção, pessoas estão esgotadas das migrações pendulares e o transporte púbico, cada vez mais, é motivo de insatisfação e abandono, logo, tudo isso está ligado a qualidade de vida e saúde das pessoas. Países desenvolvidos apresentam muitas estações de metrô, que é um excelente meio de transporte, o Brasil tem cerca de 309 km de linhas de metropolitano, o que é menos que o total encontrado na  cidade de Nova York.      Dessa forma pode-se inferir que governo brasileiro deve incentivar nas pessoas o desejo por outras formas de transporte, assim como a busca pelos meios de condução pública. Para isso deve ampliar as ciclovias do país, ao mesmo tempo em que faça uma ação conjunta com os grandes veículos de mídia a fim de incentivar a população a andar de bicicleta, além disso, criar pedágio urbano, assim como a Inglaterra fez, que é um tipo de imposto pelo excesso de carro que engarrafa o trânsito e prejudica a economia, o arrecadamento dessas tarifas poderia ser investido na melhoria dos ônibus ou na criação de linhas de tróleis, que são veículos não poluentes e, geralmente, confortáveis.